Amorim diz que tarifa adicional de 10% de Trump seria “tiro no pé”
Celso Amorim critica tarifa dos EUA como uma medida prejudicial e defende diálogo para evitar tensão. O assessor destaca a importância do comércio entre Brasil e Estados Unidos, enfatizando o impacto negativo das tarifas no relacionamento bilateral.
Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, comentou sobre a possível tarifa de 10% dos EUA sobre o Brasil, classificando-a como “um tiro no pé”.
Ele reafirmou que o governo Lula busca manter o diálogo com Washington para evitar tensões.
Na domingo (6.jul), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas adicionais sobre produtos de países que se alinham às “políticas antiamericanas” do Brics.
O Brasil, que preside o Brics e sediou a cúpula anual do bloco no Rio de Janeiro, contém 11 membros oficiais e 10 nações parceiras, totalizando um PIB de US$ 31,3 trilhões.
Amorim destacou a disposição do Brasil para comerciar com os EUA, mencionando que o Brasil é um dos poucos países com déficit em relação aos EUA, que possuem superávit comercial com o Brasil.
Ele indicou que as tarifas não são o maior desafio, mas a mudança no sistema global de comércio para negociações bilaterais em detrimento das multilaterais.
Amorim acredita que o presidente americano, pela sua racionalidade, reconhecerá que essa não é a melhor abordagem, especialmente com “países amigos” que não agiram contra os EUA.