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Apenas 12 dos maiores municípios têm investimentos adequados, diz estudo

Estudo revela que apenas 12 entre os municípios mais populosos do Brasil investem acima da média ideal para universalização do saneamento. Pesquisa aponta sérias defasagens em cidades do Nordeste e Norte, evidenciando a urgência em ações por parte dos gestores.

Decreto cria Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura em Presidente Prudente.

Um levantamento do Instituto Trata Brasil indica que, dos municípios mais populosos do Brasil, apenas 12 investem acima da média ideal para a universalização dos serviços de água e esgoto.

O estudo, elaborado em parceria com a GO Associados, utiliza dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2023.

Municípios com maior investimento médio por habitante:

  • Campinas (SP)
  • Limeira (SP)
  • Niterói (RJ)
  • São José do Rio Preto (SP)
  • Franca (SP)
  • Aparecida de Goiânia (GO)
  • Goiânia (GO)
  • Santos (SP)
  • Uberaba (MG)
  • Foz do Iguaçu (PR)
  • Uberlândia (MG)
  • Jundiaí (SP)

Dos 20 primeiros colocados, 9 são de São Paulo, 5 do Paraná, 3 de Minas Gerais, 2 de Goiás e 1 do Rio de Janeiro.

Piores colocados:

  • Bauru (SP)
  • Olinda (PE)
  • Recife (PE)
  • Paulista (PE)
  • Juazeiro do Norte (CE)
  • Maceió (AL)
  • Manaus (AM)
  • São João de Meriti (RJ)
  • Jaboatão dos Guararapes (PE)
  • Duque de Caxias (RJ)
  • São Luís (MA)
  • Várzea Grande (MT)

Desses, oito são capitais e incluem Recife, Maceió, e Manaus.

O investimento médio para a universalização é de R$ 223 por habitante por ano. Entre os 20 melhores municípios, o investimento médio foi de R$ 176,39, 20% abaixo do ideal. Já os 20 piores tiveram apenas R$ 78,40, 65% abaixo do necessário.

Indicadores de atendimento:

  • Abastecimento de água: média de 93,91%, com 10 cidades abaixo de 80%.
  • Esgotamento sanitário: cobertura média de 77,19%, com o pior índice em Santarém (PA) com 3,77%.
  • Tratamento de esgoto: média nacional de 65,11%, com cinco municípios tratando menos de 10%.
  • Perdas na distribuição de água: média de 45,43%, acima do limite de 25% considerado aceitável.

Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, afirma que o país ainda está longe de cumprir as metas de universalização, evidenciando a urgência na tomada de decisão dos gestores.

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