Após tarifaço de Trump, decreto de Lula sobre Lei de Reciprocidade prevê possibilidade de taxas sobre produtos específicos e saída de acordos; entenda
Brasil regulamenta medidas de retaliação econômica após tarifas dos EUA. Governo busca dialogar, mas pode agir caso negociações não avancem.
Governo Lula regulamenta Lei da Reciprocidade Econômica
O decreto foi publicado nesta terça-feira, permitindo que o Brasil retalie em guerras tarifárias, através de taxas contra produtos específicos e a saída de acordos comerciais.
A medida surge após os 50% de taxa impostos por Donald Trump sobre produtos brasileiros. O decreto, assinado por Lula na segunda-feira, autoriza ações de proteção econômica contra países que impuserem barreiras unilaterais.
Interlocutores afirmam que as retaliações só ocorrerão em última instância, se não houver diálogo com os EUA. Lula enfatiza a defesa da soberania e da união nacional.
O governo também criou um comitê interministerial, com participação de empresários, para elaborar estratégias diante das novas políticas comerciais dos EUA. As primeiras reuniões estão agendadas para esta terça-feira.
Entenda:
- O projeto foi aprovado e sancionado em abril, em resposta às tarifas americanas.
- A lei permite respostas a ações que afetem a competitividade internacional brasileira.
- Três circunstâncias possibilitam a utilização da lei.
O que pode ser feito?
- Imposição de taxas para importações do país que criou a barreira comercial.
- Sobretaxação de produtos de setores específicos.
- Descumprimento de acordos comerciais estabelecidos com o país que impôs a barreira.
Entre as ações em análise estão: aumento de tarifas de importações dos EUA, cassação de patentes de medicamentos e elevação de tributos sobre bens culturais.
Se as negociações não avançarem, o governo poderá prosseguir com medidas de retaliação amparadas pela Lei da Reciprocidade.