Argentina e Paraguai vão estudar gasoduto que pode ser alternativa para o Brasil
Paraguai e Argentina se unem para estudar a viabilidade do gasoduto que ligará Vaca Muerta ao Brasil, promovendo a integração energética na região. O projeto pode impulsionar o desenvolvimento econômico no Chaco paraguaio e oferecer novas alternativas de suprimento de gás para o Brasil.
Paraguai e Argentina assinam acordo para avaliar a viabilidade do gasoduto Bioceânico, que levará gás natural de Vaca Muerta, na Argentina, até o Paraguai e ao Brasil.
O acordo foi firmado durante a cúpula do Mercosul em Buenos Aires e inclui a criação de um grupo de trabalho técnico para estudar a viabilidade do gasoduto pela região do Chaco paraguaio.
O documento foi assinado por representantes dos ministérios de Obras Públicas, Indústria e Comércio, e Economia de ambos os países.
- A proposta busca alternativas para importação de gás da Argentina, devido ao declínio das reservas da Bolívia.
- O gasoduto se conectará aos mercados do centro-oeste do Brasil, tornando o Paraguai um corredor energético.
- A obra utilizará a estrutura existente do Gasoduto Norte na Argentina e construirá um "braço" passando por Salta até o Paraguai.
O governo paraguaio destaca que a infraestrutura pode aumentar a integração entre os países do Mercosul, além de trazer investimentos e desenvolvimento econômico na região do Chaco.
O grupo de trabalho será liderado pelos ministérios da Economia e de Obras Públicas e realizará reuniões virtuais. A conclusão do gasoduto representa uma oportunidade de desenvolvimento integral para o Chaco paraguaio.
Além do gasoduto Bioceânico, estão em estudo outras rotas de importação, como pelo Uruguai, um terminal de gás liquefeito, e a inversão de fluxo do gasoduto Bolívia-Argentina.
O projeto Bioceânico, que também envolve o Chile, visa competir com o canal do Panamá e envolve uma rede de mais de 2.290 quilômetros de estradas e pontes, com custo estimado de US$ 10 bilhões.