Banco central da China reduz taxas básicas de juros a mínimos históricos
Cortes nas taxas de juros buscam impulsionar a economia chinesa, que enfrenta desafios internos e tensões comerciais. Apesar das reduções, analistas apontam que as medidas podem não ser suficientes para reverter a estagnação econômica.
Banco Central da China anunciou, na terça-feira, a redução de duas taxas básicas de juros a mínimos históricos. A medida visa impulsionar a economia da China, que enfrenta estagnação desde a pandemia de covid-19.
As tensões comerciais com os Estados Unidos também afetam a meta de crescimento de 5% do PIB para este ano, definida pelas autoridades chinesas.
O Banco Popular da China (PBOC) cortou a taxa de empréstimo preferencial de um ano de 3,1% para 3% e a taxa de cinco anos de 3,6% para 3,5%. Essas taxas já haviam sido reduzidas em outubro.
Zichun Huang, economista na Capital Economics, afirmou que os cortes irão aliviar a pressão sobre empresas endividadas e reduzir custos de novos empréstimos. No entanto, ele alerta que esses cortes não devem impulsionar significativamente a demanda por empréstimos ou a atividade econômica.
As reduções fazem parte de uma estratégia das autoridades para revitalizar a economia, afetada por consumo fraco, crise no setor imobiliário e alto desemprego juvenil.
Ainda que exista uma trégua na guerra comercial, os dados econômicos apresentam resultados mistos:
- PIB cresceu 5,4% no primeiro trimestre, superando expectativas.
- Produção industrial aumentou 6,1% em abril.
- Vendas no varejo desaceleraram para 5,1%% em abril, abaixo dos 5,9%% de março.