Banco central da China reduz taxas básicas de juros a mínimos históricos
Medidas visam estimular a economia após estagnação e desafios comerciais, mas especialistas alertam que cortes modestos podem não ser suficientes para impulsionar a demanda por empréstimos. A situação econômica da China permanece incerta, com crescimento variável nas principais áreas.
Banco Central da China reduz duas taxas básicas de juros a mínimos históricos para impulsionar o crescimento da economia, estagnada desde a pandemia de covid-19.
A meta de crescimento do PIB para este ano é de 5%, ameaçada por tensões comerciais com os Estados Unidos.
As taxas de juros reduzidas são:
- Taxa de empréstimo preferencial de um ano: de 3,1% para 3%
- Taxa de empréstimo preferencial de cinco anos: de 3,6% para 3,5%
Esses cortes visam aliviar a pressão sobre empresas endividadas e reduzir custos de novos empréstimos.
Contudo, segundo Zichun Huang, economista da Capital Economics, os cortes não devem impulsionar significativamente a demanda por empréstimos ou a atividade econômica.
As reduções fazem parte de uma estratégia para revitalizar uma economia afetada por:
- Consumo fraco
- Crisão no setor imobiliário
- Alto desemprego juvenil
Apesar da trégua de 90 dias nas tensões comerciais, os dados econômicos ainda mostram resultados mistos:
- PIB cresceu 5,4% no primeiro trimestre
- Produção industrial aumentou 6,1% em abril
- Crescimento das vendas no varejo desacelerou para 5,1%% em abril