Bolsas da Europa fecham em queda de 3% com guerra comercial e temor de recessão
Mercados europeus enfrentam forte pressão com a intensificação da guerra comercial entre EUA e China. Setores como bancário e de saúde apresentam as maiores quedas, refletindo a incerteza econômica.
Bolsas europeias fecharam em forte queda devido à escalada da guerra comercial entre os EUA e China.
Na quarta-feira, 9, tarifas acima de 10% impostas pelos EUA entraram em vigor, elevando a taxação sobre a China para 104%.
Em resposta, Pequim aumentou a taxa sobre os EUA para 84%, a partir de quinta-feira, 10.
A União Europeia aprovou tarifas contra os EUA que começam em 15 de abril, com uma segunda rodada prevista para a próxima semana.
No fechamento dos mercados:
- FTSE 100 (Londres): -2,92%, 7.679,48 pontos
- CAC 40 (Paris): -3,34%, 6.863,02 pontos
- Ibex 35 (Madri): -2,43%, 11.773,55 pontos
- PSI 20 (Lisboa): -2,85%, 6.253,96 pontos
- FTSE MIB (Milão): -2,75%, 32.730,57 pontos
- DAX (Frankfurt): -3%, 19.670,88 pontos
Setor bancário europeu foi fortemente impactado, com quedas significativas em:
- Danske Bank: -5,62%
- Julius Baer: -5,23%
- Barclays: -4,88%
- UBS Group: -4,86%
A cesta de ações do setor de saúde do Stoxx 600 caiu 5,85%, o menor nível desde outubro de 2022, após promessas de Trump sobre novas tarifas sobre medicamentos.
O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 3,51%, a 469,84 pontos, 15% abaixo de sua máxima histórica.
O setor de luxo sente os efeitos da incerteza global, com riscos de desaceleração do consumo.
Analistas do Deutsche Bank alertam que a guerra comercial entre EUA e China pode criar novos obstáculos às duas maiores economias do mundo, impactando o crescimento do setor.