Bom desempenho do crédito privado esconde alto risco pela frente
A alta da Selic impacta o mercado de crédito privado, elevando o risco de calote entre empresas endividadas. Especialistas alertam que a relação entre risco e retorno mudou, exigindo cautela dos investidores.
Selic sobe para 15% ao ano, aumentando rendimento de títulos de dívidas de empresas.
Entre outubro do ano passado e junho deste ano, a rentabilidade dos títulos será de 9,5% pelo IDA-DI, contra 8,9% do CDI.
Especialistas alertam para maior cautela no futuro, explicando que a relação entre risco e retorno se deteriorou com a alta da Selic.
Laís Costa da Empiricus Research: "Retorno diminuiu e risco aumentou, exigindo critério ao investir."
Empresas que tomaram dívidas quando a Selic estava mais baixa agora enfrentam custos maiores.
Renato Jerusalmi, da Riza Asset, argumenta que o endividamento de empresas de baixo risco está em níveis controlados.
Marcelo Peixoto, da Trígono Capital, recomenda criterioso monitoramento dos emissores de títulos.
Em um ambiente de Selic elevada, setores resilientes, como infraestrutura, são preferidos para investimentos.
Faria da Eleven insinua que altos retornos podem indicar risco elevado, alertando os investidores.
Serhan da JiveMauá destaca atenção para debêntures acima de CDI + 2% como sinal de prudência.