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Empresas dos EUA adotam cautela para criticar tarifas sem criticar Trump

Empresas enfrentam incertezas devido a choque tarifário de Trump, resultando em revisões de expectativas financeiras. Executivos expressam preocupações sobre impactos na economia e a necessidade de adaptação ao cenário volátil.

Choque tarifário de Donald Trump, anunciado em 2 de abril, coloca empresas em situação delicada. Elas precisam responder ao mercado sem confrontar o presidente.

O CEO do Wells Fargo, Charlie Scharf, comentou: "Apoiamos a disposição do governo em analisar barreiras ao comércio justo", mas a situação traz riscos significativos.

A volatilidade e incerteza devem continuar, afetando a economia em 2025. Os resultados financeiros começaram a ser divulgados e refletem a avaliação dos executivos sobre o cenário econômico.

Jamie Dimon, do JPMorgan, alertou sobre a "turbulência considerável" na economia e a importância de considerar o impacto da guerra comercial com a China.

Dimon ainda ressaltou que o comércio global continuará, com ou sem a participação dos EUA, e alertou que as tarifas podem pressionar a inflação e desacelerar a economia. Ele mencionou oportunidades de comércio com o Brasil.

Por outro lado, Larry Fink, da BlackRock, criticou severamente as tarifas: "Foram além do que eu poderia imaginar". Ele também indicou que os EUA se tornaram um desestabilizador global e destacou os riscos de recessão.

Empresas como o Walmart e a Delta já estão ajustando suas expectativas de ganhos. Doug McMillon, do Walmart, admitiu que não são imunes aos efeitos das tarifas, mas mantém a confiança na estratégia da empresa.

A Delta até retirou suas projeções para 2025, citando falta de clareza econômica como motivo para essa decisão.

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