Governo costura acordo para segurar PDT na base aliada com número 2 de Lupi em ministério
Governos buscam fortalecer aliança com o PDT ao nomear Wolney Queiroz para o Ministério da Previdência. A estratégia visa acalmar os ânimos após a saída de Carlos Lupi em meio a uma crise envolvendo fraudes nos benefícios do INSS.
Wolney Queiroz foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Ministério da Previdência, visando fortalecer a aliança com o PDT.
A decisão foi tomada devido ao histórico de Queiroz na pasta e sua habilidade de diálogo com os parlamentares do partido, que ameaçam abandonar a base governista.
A ministra Gleisi Hoffmann trabalhou para apaziguar as tensões dentro do PDT, com novas conversas programadas para os próximos dias.
Queiroz é filiado ao PDT desde 1992, já foi líder do partido na Câmara e integrou a equipe de transição em 2022.
Aliados afirmam que a demissão de Carlos Lupi era inevitável, dada a crise gerada pelos descontos indevidos em aposentadorias.
Apesar de insatisfações sobre a nomeação do novo presidente do INSS, Lupi “entende” as razões do governo, e sua saída pode evitar um maior desgaste.
Além disso, não há acusações de corrupção contra Lupi, permitindo que ele se defenda adequadamente.
Atualmente, a oposição na Câmara mobiliza esforços para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o escândalo do INSS, o que representa um grande temor para o governo, que busca evitar a “marca da corrupção”.