Governo Milei propõe lei que define torcidas organizadas como associações ilícitas
Governo Milei propõe "Lei Anti-Barras" para criminalizar torcidas organizadas após violência em protestos. Medida visa responsabilizar não apenas torcedores, mas também dirigentes de clubes que colaborarem com essas associações.
Governo da Argentina propõe projeto para criminalizar torcidas organizadas de futebol após protestos violentos. A proposta, apresentada pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, visa classificar as torcidas como associações ilícitas e agravar penas que podem chegar a 20 anos de prisão.
A medida surge após torcidas apoiarem um protesto, resultando em confrontos e mais de 100 detenções, incluindo o ferimento grave de um fotojornalista. Críticos argumentam que a violência não veio do comando das torcidas, mas de torcedores militantes.
A "Lei Anti-Barras" responsabiliza também dirigentes de clubes que colaborarem com torcidas, incluindo ajuda financeira e fornecimento de transporte. A lei prevê ainda proibição de entrada em estádios para aqueles sob acusação de violência.
Recentemente, o governo baniu 26 pessoas, ligadas a torcidas organizadas, de frequentar estádios e formalizou uma denúncia contra uma juíza que libertou 114 detidos, alegando que sua decisão poderia violar o direito ao protesto.
Com histórico de violência, algumas torcidas têm ligações conhecidas com o narcotráfico, especialmente na cidade de Rosário. Um novo protesto está marcado para 19 de outubro.