Inflação dos EUA tem maior aceleração no ano e atinge 2,7% em 12 meses
A inflação nos EUA registra alta em junho, impulsionada por tarifas de importação. O acumulado anual atinge 2,7%, superando a meta do Fed e gerando preocupações sobre a pressão nos preços.
Inflação nos EUA acelera em junho, subindo 0,3% em relação ao mês anterior. Em maio, havia sido 0,1%. O acumulado anual é de 2,7%, acima da meta de 2% do Fed.
A alta da inflação pode ser resultado das tarifas aplicadas por Donald Trump sobre importações de pelo menos 25 países, incluindo Brasil, Japão e Canadá. O Brasil enfrentará a maior sobretaxa, de 50%.
Economistas acreditam que a inflação demorou a reagir devido ao estoque acumulado antes das tarifas. As leituras de inflação foram baixas de fevereiro a maio, levando Trump a pressionar o banco central a reduzir os custos dos empréstimos.
Excluindo alimentos e energia, o índice de preços ao consumidor subiu 0,2% em junho. No acumulado de 12 meses, o núcleo teve alta de 2,9%.
Embora preços de bens estejam altos, serviços como tarifas aéreas e hotéis têm aumento moderado, aliviando preocupações sobre a inflação. A demanda fraca limita os aumentos nesses serviços.
O Fed monitora diversas medidas de inflação visando a meta de 2%. A taxa de juros deve permanecer entre 4,25% e 4,50% na próxima reunião, apesar da pressão de Trump para que caia para 1%.
A ata da reunião do Fed de junho revelou que apenas "algumas" autoridades consideram a possibilidade de redução dos juros já na reunião de julho.