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Juíza prorroga veto à tentativa do governo Trump de barrar estudantes estrangeiros em Harvard

Decisão judicial garante a Harvard a possibilidade de continuar matriculando estudantes internacionais, defendendo a liberdade acadêmica. A juíza alerta para o pânico entre os alunos e a pressão da administração Trump que busca retaliar a universidade.

BOSTON - Uma juíza federal em Boston bloqueou temporariamente, nesta quinta-feira, 29, a tentativa do governo Donald Trump de impedir a Universidade de Harvard de matricular estudantes internacionais.

A decisão representa uma vitória para Harvard em sua batalha legal contra a Casa Branca.

Os advogados da universidade argumentaram que a administração Trump está atacando Harvard politicamente, violando a Primeira Emenda. Estudantes internacionais estão em pânico e buscando transferências. “Eu quero manter o status quo,” afirmou a juíza Allison D. Burroughs durante a audiência.

Advogados do departamento de Segurança Interna dos EUA indicaram que o governo Trump busca outras formas de proibir a matrícula de estudantes internacionais.

A administração republicana enfrenta Harvard, incluindo um corte de mais de US$ 2 bilhões em financiamento federal e uma série de processos. Trump pretende cancelar contratos federais com a universidade, avaliados em cerca de US$ 100 milhões (R$ 565 milhões).

A administração acusa Harvard de permitir que estrangeiros “anti-americanos” prejudiquem o ambiente de aprendizado e alega vínculos com grupos do Partido Comunista Chinês.

O presidente de Harvard, Alan Garber, afirmou que a revogação da matrícula de estrangeiros é uma retaliação por parte do governo, em resposta à recusa da universidade de se submeter ao controle federal.

O impacto das medidas de Trump é mais severo nas instituições de pós-graduação, como a Harvard Kennedy School e a Harvard Business School, onde uma porcentagem significativa dos alunos é internacional.

Harvard advertiu que a revogação da matrícula coloca a universidade em desvantagem na competição global por estudantes e pode causar desistências de futuros candidatos, temendo represálias do governo.

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