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La soberanía soy yo

A análise dos regimes autoritários revela como a soberania é utilizada como justificativa para abusos de poder e censura. A recusa em ouvir críticas externas pode evidenciar uma perigosa falta de autoconsciência nas instituições democráticas.

No Egito mameluco, as orações de 6ª feira proclamadas em nome do sultão demonstravam sua soberania. Luís 14 da França e o regime nazista na Alemanha possuem a mesma essência: a vontade do líder era a lei.

Regimes autoritários não renunciam à ideia de soberania; ao contrário, a reivindicam como fundamento de sua legitimidade.

  • Censura é apresentada como defesa da ordem.
  • Perseguições políticas se disfarçam de zelo patriótico.

Uma forma de identificar ditaduras não declaradas é quando um poder de Estado define sozinho seus limites e acusa críticas de atacar a soberania.

Quando Trump relacionou seu tarifaço à deterioração institucional no Brasil, Lula respondeu com gentilezas, enquanto vozes como Barroso e Gilmar pregavam resistência. Moraes puniu o Rumble nos EUA, cumprindo uma decisão provocativa.

Trump apontou ilegalidades dos ministros do STF, e sua resposta ilegítima confirmou sua crítica. Rejeitar vozes externas evidencia fragilidade e um medo de autocrítica.

A verdadeira soberania é a base da legitimidade democrática. Quando rebaixada a slogan patriótico, torna-se pretexto para controle autoritário.

É hora de questionar nossa democracia. Devemos perguntar: será que, em algum grau, estão certos?

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