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Lula escolhe secretário-executivo de Lupi para assumir Ministério da Previdência

Carlos Lupi pede demissão do Ministério da Previdência Social e é substituído por Wolney Queiroz. A mudança ocorre em meio a uma crise de descontos irregulares em aposentadorias que pode resultar em uma CPI.

Presidente Lula recebeu, na sexta-feira, o pedido de demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, durante audiência no Palácio do Planalto.

O presidente convidou Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da Previdência, para assumir o ministério.

A exoneração de Lupi e a nomeação de Wolney serão publicadas hoje em edição extra do Diário Oficial da União.

Integrantes do Palácio e a bancada do PDT na Câmara já esperavam a saída de Lupi. O líder do PDT, Mario Heringer, afirmou que essa transição é natural.

Para evitar atritos com o PDT, que tem divisões internas sobre apoiar Lula na eleição de 2026, o ministério permanecerá sob a influência do partido.

O PDT possui apenas 17 deputados, mas é considerado da base fiel do governo. O ex-presidenciável Ciro Gomes é membro da sigla e criticou o PT nas eleições recentes, mas a cúpula do partido, incluindo Lupi, geralmente age em harmonia com o governo.

Wolney Queiroz, ex-deputado federal e líder do PDT, foi uma voz importante para apoiar Lula em 2022, discordando da candidatura de Ciro.

Lupi enfrentou uma crise relacionada a descontos indevidos em aposentadorias no INSS, que desgastou o governo. Há pressão no Congresso por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso.

A operação "Sem Desconto" investiga irregularidades que podem ter desviado mais de R$ 6 bilhões por associações vinculadas ao INSS.

Em entrevista, Lupi reconheceu seu conhecimento sobre os altos descontos e sua demora em agir, mas afirmou que se sente confortável no governo.

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