Minério sobe conforme guerra comercial aumenta esperanças de estímulo da China
Guerra comercial entre China e EUA impulsiona alta nos contratos futuros do minério de ferro, com a expectativa de estímulos econômicos por parte de Pequim. Apesar da recuperação, analistas alertam sobre possíveis quedas nas exportações de aço da China no futuro próximo.
Recuperação do minério de ferro:
Os contratos futuros do minério de ferro subiram nesta quinta-feira, impulsionados pela escalada da guerra comercial entre China e EUA, que aumentou as expectativas de medidas de estímulo por parte da China.
A China elevou, na quarta-feira, as tarifas sobre importações dos EUA para 84%, respondendo ao aumento das tarifas americanas para 104%.
O contrato de setembro do minério de ferro na Bolsa de Dalian fechou com alta de 3,06%, a 707 iuanes (US$ 96,30) por tonelada, após atingir seu menor valor em mais de seis meses. O contrato de maio na Bolsa de Cingapura também subiu 1,76%, para US$ 96,45 por tonelada.
Os analistas do ING destacam que a expectativa de uma guerra comercial prolongada aumenta as chances de que Pequim tome medidas de estímulo mais agressivas.
O primeiro-ministro Li Qiang enfatizou a necessidade de políticas macroeconômicas proativas para estabilizar a economia diante dos “choques externos”.
Em uma surpresa, Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas para parceiros comerciais que não retaliaram, o que melhorou o sentimento do mercado e beneficiou os metais.
Entretanto, as exportações de aço da China devem cair para menos de 70 milhões de toneladas este ano devido às tensões comerciais, embora o impacto não seja imediato, segundo o analista Chen Kexin.
Em 2024, as exportações de aço da China alcançaram o maior volume em nove anos, atingindo 110,72 milhões de toneladas.