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O Brasil do 2º semestre de 2025: juros altos, inflação persistente e os desafios ao investimento

Desafios econômicos ainda persistem no Brasil em 2025, com inflação alta e juros elevados. Apesar disso, setores como infraestrutura e inovação mostram sinais de recuperação e criação de empregos.

2025: Cenário Econômico Desafiador

O ano de 2025 apresenta um cenário econômico complexo para o Brasil e o mundo, marcado por juros altos, inflação persistente e crescimento moderado. O país enfrenta entraves diversos em sua busca por investimentos produtivos, essenciais para o desenvolvimento e geração de empregos.

O IPCA está acima da meta do Conselho Monetário Nacional. Em maio, acumulou 5,32% em 12 meses, levemente abaixo de 5,53% em abril, mas ainda acima do teto de 4,5%. As causas incluem preços administrados, pressão em serviços e gargalos logísticos.

A inflação elevada impacta diretamente as empresas, aumentando custos de produção e reduzindo a disposição para investir, especialmente em setores com baixa capacidade de repasse de preços. O Banco Central mantém a Selic em 15% ao ano, dificultando o acesso ao crédito e tornando investimentos menos atrativos.

Apesar do cenário desfavorável, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 9,1% no primeiro trimestre de 2025, atingindo 17,8% do PIB. O setor de infraestrutura lidera esse crescimento, com previsão de R$ 277,9 bilhões em investimentos.

Entretanto, a indústria de transformação e o setor de tecnologia enfrentam desafios significativos, como a concorrência internacional e a escassez de crédito. A inovação é vista como crucial, com 49,1% das indústrias planejando aumentar investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

O PIB deve crescer 2,1% em 2025, impulsionado principalmente pela agropecuária e serviços. O mercado de trabalho gerou mais de 1 milhão de empregos formais, reduzindo o desemprego para 7,0%, o menor desde 2014.

Embora o mercado de trabalho esteja se recuperando, pressiona os preços de serviços, contribuindo para a inflação. Os principais riscos para o segundo semestre de 2025 incluem a necessidade de alinhar as expectativas inflacionárias para permitir a redução da taxa de juros.

O Brasil enfrenta uma transição econômica com desafios, mas há sinais de resiliência, especialmente em setores estratégicos. A criação de um ambiente regulatório estável e a promoção de investimentos serão fundamentais para um crescimento sustentável e inclusivo.

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