Opep: PIB do Brasil pode cair em 0,4 ponto no curto prazo, com tarifas dos EUA
O relatório da Opep destaca a vulnerabilidade do Brasil a possíveis repercussões das tarifas dos EUA, mas aponta oportunidades de crescimento a partir de negociações e mudanças nos mercados de exportação. Além disso, a inflação elevada pode manter a Selic alta, dificultando o controle das pressões econômicas.
Opep mantém previsões de crescimento do PIB brasileiro
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não alterou as projeções para o Brasil: crescimento de 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026.
No entanto, a Opep alertou sobre um impacto negativo devido ao aumento inesperado das tarifas dos EUA, que pode reduzir o PIB brasileiro em 0,4 ponto porcentual no curto prazo.
A organização sugere que o crescimento mais forte previsto para o segundo semestre de 2025 depende do desempenho da agricultura. As tarifas americanas, se não solucionadas, podem prejudicar esse potencial.
O relatório destaca que o Brasil pode minimizar o impacto através de negociações com os Estados Unidos e redirecionamento de exportações a mercados alternativos.
A Opep também projeta que a inflação se manterá elevada, em torno de 5%, o que deve levar o Banco Central do Brasil a manter a taxa Selic alta por tempo considerável.
Por fim, a Opep espera que reformas fiscais, relaxamento monetário e aumento do consumo e investimentos domésticos possam acelerar a economia a partir do próximo ano, apesar dos riscos tarifários persistirem até 2026.