Pausa nas tarifas expõe limites da pressão de Trump por acordos
Presidente Trump admite dificuldades nas negociações comerciais e adia imposição de tarifas. A nova data, 1º de agosto, busca garantir melhores acordos com parceiros globais.
Donald TrumpEstados Unidos, após décadas de “saque” a trabalhadores e empresas.
O presidente prometeu que tarifas irrestritas tornariam os EUA “um país completamente diferente”. Ao explicar a política de reciprocidade, afirmou: “eles fazem isso conosco e nós fazemos isso com eles”.
Três meses depois, a execução das promessas revelou-se difícil e lenta. Com o prazo final para tarifas em 9 de julho se aproximando, o governo admite que o plano de reconstrução do comércio global foi otimista demais.
A decisão de adiar as tarifas para 1º de agosto pretende conseguir melhores acordos das economias dispostas a negociar. Kelly Ann Shaw, ex-assessora de Trump, disse que isso parece uma pressão final e reconheceu que a equipe estava sobrecarregada.
Acordos com a Índia, União Europeia e Taiwan estavam quase concluídos, mas a dificuldade de anúncios significativos persiste. Shaw acredita que muitos acordos fecharão nas próximas três semanas, levando à queda de tarifas.
O prazo de 90 dias foi considerado arbitrário e irrealista por assessores de Trump. Após um colapso do mercado e pressão da equipe econômica, decidiu-se por uma pausa temporária para forçar negociações.
Trump, ao ser questionado sobre a flexibilidade do novo prazo, comentou: “Eu diria firme, mas não 100% firme”. O risco para a Casa Branca é que retrocessos possam afetar a imagem de rapidez e determinação.
Alguns países, como o Reino Unido, preferem certeza com acordos parciais a incertezas sem acordo, evitando retaliar os EUA até o momento.