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Por que o suco de laranja é tão importante para a economia do Brasil — e como Trump ameaça esse setor

Tarifa de 50% imposta por Trump preocupa exportadores brasileiros, principalmente do suco de laranja, que pode enfrentar queda nas vendas e ameaçar empregos. Governador de São Paulo busca unir esforços para mitigar os impactos da sobretaxa e preservar o setor.

Anúncio de sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros por Donald Trump acende alerta entre exportadores de suco de laranja.

Com a produção em queda nos EUA, o Brasil é o principal fornecedor para o mercado americano, respondendo por 41,7% deste comércio. A União Europeia representa 51,4% das exportações do produto.

O Estado de São Paulo é responsável por 78% da produção nacional de laranja e mais de 80% do suco. O impacto da nova tarifa faz o governador Tarcísio de Freitas mudar seu discurso, atribuindo a responsabilidade ao presidente Lula.

Tarcísio ressaltou a necessidade de "união de esforços" para lidar com a situação e anunciou que Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria, se reunirá com 14 setores afetados, incluindo os produtores de suco.

O Brasil se consolidou como o maior fornecedor mundial de suco de laranja desde os anos 1990, especialmente devido ao greening dos citros nos EUA, que afetou sua produção.

Atualmente, os EUA importam 68% do suco de laranja do Brasil. A tarifa atual de 10% já é alta; uma de 50% pode ser devastadora, encarecendo o produto e tornando-o menos competitivo.

A demanda interna no Brasil não absorverá o excedente produzido, resultando em uma possível saturação do mercado exportador. O Brasil deve buscar novos acordos com outros mercados, mas com desafios para evitar práticas de dumping.

Por fim, a sobretaxa também impactará a indústria americana, que depende do suco brasileiro como insumo para produção. A substituição do Brasil por outro fornecedor é improvável no curto prazo.

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