Presidente da Apex diz que guerra tarifária é prejudicial ao mundo, inclusive para os EUA
Jorge Viana, presidente da Apex, alerta que novas tarifas dos EUA podem agravar tensões comerciais globais. Ele destaca a importância de manter boas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, enfatizando que o Brics não é um bloco político, mas uma aliança comercial.
Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), critica novas tarifas anunciadas por Donald Trump como prejudiciais ao comércio global.
No dia 6, durante a Cúpula de Líderes do Brics no Brasil, Trump declarou uma tarifa adicional de 10% para países alinhados às "políticas antiamericanas" do grupo, com prazo para negociação até 9 de julho.
Viana expressou esperança de que as medidas não sejam implementadas, ressaltando que um maior tensionamento no comércio é ruim para todos. “Isso é ruim para todo mundo”, afirmou durante o Fórum Econômico Brasil-Índia.
Ele destacou que o Brasil não tem atritos com os EUA, sendo este seu segundo maior parceiro comercial. O ideal é manter uma política de boa vizinhança.
Viana também comentou sobre a natureza do Brics, que não é um bloco político, mas um espaço para promover negócios e cooperação. Há aliados dos EUA no Brics, e é necessário aguardar definições sobre as tarifas americanas.
A implementação das medidas tarifárias, segundo Viana, é “muito difícil” e pode enfrentar resistência interna nos EUA. “Se se efetivar, vai ser muito ruim, inclusive para os Estados Unidos”, alertou.
O Brics é composto por 11 países emergentes, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que emitiram declarações sobre finanças, inteligência artificial e política climática.
Um tema delicado com relação a Trump é a desdolarização do Brics, que ainda não atingiu o nível de maturidade esperado, discutindo desde uma moeda única até o uso de moedas locais em pagamentos integrados.