Rússia rejeita ultimato de Trump e vê guerra continuar
Rússia avalia ultimato de Trump com cautela enquanto a tensão por trás da Guerra da Ucrânia continua a crescer. Enquanto Moscou se mostra disposta a negociar, a pressão externa e interna sobre Putin aumenta, refletindo a complexidade do cenário atual.
A Rússia respondeu com desafio e cautela ao ultimato de Donald Trump, que deu 50 dias para Vladimir Putin encerrar a Guerra da Ucrânia, sob a ameaça de novas sanções.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou que a declaração de Trump "necessita de análise" e que “sinais de Bruxelas e Washington indicam a continuidade da guerra.”
Peskov destacou a disposição dos países ocidentais em agir por procuração e mencionou a expectativa de resposta de Kiev para uma nova rodada de negociações. O vice-chanceler Serguei Riabkov afirmou que a Rússia está aberta a negociações, mas não sob ameaças.
A reação interna é mista: mercados celebraram a pressão sobre Putin, mas políticos de linha-dura criticaram Trump. O ex-presidente Dmitri Medvedev desconsiderou o ultimato como "teatral".
Trump expressou na BBC sua decepção com Putin, mas ressaltou que ainda não desistiu dele. Desde então, a política de Washington teve mudanças significativas, levando a várias tentativas de negociações entre os líderes, mas sem progresso na paz.
Trump ameaçou 100% de tarifas sobre o comércio bilateral com a Rússia e sobre países que compram petróleo russo. Críticos notaram que a China e a Índia compram grande parte do petróleo russo.
Além disso, Trump prometeu fornecer mais sistemas de defesa aérea para a Ucrânia, mas com um acordo que exige pagamento dos aliados europeus. Especulação sobre a possibilidade de armamento ofensivo foi levantada em uma conversa com Zelenski.
Enquanto isso, a violência prossegue: um ataque ucraniano com drones afetou Voronej, na Rússia, deixando ao menos 16 feridos.