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Síria anuncia frágil cessar-fogo após conflito entre minorias matar dezenas

Cessar-fogo anunciado pelo governo sírio enfrenta resistência entre drusos e beduínos, enquanto confrontos continuam a deixar vítimas. A situação na província de Sweida é tensa, com apelos conflitantes das lideranças locais e a presença militar em crescente aumento.

Ministério da Defesa da Síria anunciou um cessar-fogo na região sul do país, em 15 de outubro, após negociações que duraram um dia.

O acordo visa pôr fim aos combates entre drusos e beduínos, que resultaram em mais de 100 mortos em 48 horas.

Após o anúncio, um comunicado de autoridades religiosas drusas pediu a entrega de armas, mas o xeque Hikmat al-Hajri instou os combatentes a confrontar o governo, acusando Damasco de violar o cessar-fogo.

“Estamos sendo submetidos a uma guerra total de extermínio”, afirmou ele, convocando os drusos a resistirem.

O governo de Ahmed al-Sharaa enfrenta desafios internos, tentando se apresentar como moderado e lidando com um complexo mosaico étnico-religioso, além da rivalidade histórica com Israel.

Segundo a ONG OSDH, os confrontos começaram após o sequestro de um vendedor druso, resultando em 116 mortes, incluindo 64 drusos e 52 beduínos e forças de segurança.

Os conflitos foram intensificados após abril, quando clãs beduínos se uniram às forças de segurança contra os drusos.

Após os recentes incidentes, o governo entrou em Sweida, com militares e artilharia mobilizando-se na região.

Em resposta ao conflito, Israel lançou uma nova ofensiva contra forças do governo sírio, afirmando que os ataques são uma advertência ao regime. Israel Katz, ministro da Defesa, declarou: “Não permitiremos que os drusos da Síria sejam prejudicados.”

Segundo relatos, Israel está comprometido em manter a desmilitarização nas fronteiras, garantindo segurança aos drusos.

Um repórter da Reuters presenciou ataques, avistou um tanque danificado e testemunhou saques e incêndios em propriedades na cidade.

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