Tarifa contra o Brasil ameaça cadeias globais e pode pressionar inflação, diz indústria de alimentos
Abia alerta sobre os efeitos negativos da tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros, destacando a necessidade de diálogo urgente. A medida pode desestabilizar as cadeias produtivas globalmente e impactar o comércio bilateral em um momento de crescimento nas exportações.
Abia expressa preocupação com tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) alertou que a medida impacta cadeias globais de valor, essenciais para o abastecimento de alimentos e a estabilidade de preços.
O Brasil é um fornecedor estratégico, com exportações de proteínas animais, sucos, açúcar e café. Os EUA, por outro lado, são um mercado central para esses produtos.
A Abia destaca que a perda de competitividade exigiria que o Brasil redirecionasse oferta, enquanto os EUA buscariam novos fornecedores, resultando em impactos logísticos e de preços.
A associação pede a retomada urgente do diálogo técnico e diplomático com os EUA, considerando efeitos sobre exportações, investimentos e variáveis макроeconômicas como câmbio e inflação.
Um aumento na tarifa poderia gerar repercussões globais e afetar a estabilidade das cadeias produtivas agroindustriais.
No primeiro semestre de 2025, as exportações brasileiras de alimentos industrializados para os EUA totalizaram US$ 2,83 bilhões, com alta de 45% em relação a 2024.
Destaques incluem:
- Carnes bovinas: US$ 791 milhões (+142%)
- Sucos de frutas: US$ 743,5 milhões (+68,3%)
- Óleos vegetais: US$ 262,8 milhões (+84,5%)
Em 2024, os EUA foram o segundo maior mercado do Brasil, com exportações totalizando US$ 4,5 bilhões, destacando-se as proteínas animais, sucos e açúcares. O café em grão liderou vendas com US$ 1,9 bilhão.