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Veja as provas apresentadas por Gonet para pedir a condenação de Bolsonaro

Procurador-geral apresenta provas detalhadas que ligam Jair Bolsonaro a uma organização criminosa voltada para subverter as eleições de 2022. Documentos e gravações indicam uso indevido do Estado para favorecer o ex-presidente e promover ações antidemocráticas.

Paulo Gonet, procurador-geral da República, reafirmou o papel de Jair Bolsonaro como líder de uma organização criminosa que tentou alterar os resultados das eleições de 2022.

O manifesto inclui 137 das 517 páginas das alegações finais, detalhando provas cronológicas para a condenação de Bolsonaro. Gonet afirma que, durante sua presidência, Bolsonaro utilizou recursos estatais para atacar instituições e o processo eleitoral.

A Procuradoria menciona uma investigação da “Abin Paralela”, onde a Agência Brasileira de Inteligência espionou adversários políticos. Gonet aponta a existência de uma estrutura oculta como indicativa do aparelhamento institucional pelo ex-presidente.

O documento revela que a Polícia Federal apreendeu documentos que mostram o planejamento de uma campanha de deslegitimação das urnas eletrônicas, com diretrizes para criar uma narrativa de vulnerabilidade nas eleições.

Entre as provas estão uma transmissão ao vivo de Bolsonaro atacando as urnas e conversas do tenente-coronel Mauro Cid que sustentam o esquema. Gonet defende que as evidências não são meras suposições, mas sim planejamentos documentados.

As alegações também envolvem operações da Polícia Rodoviária Federal no Nordeste, descritas pelo procurador como tentativas de dificultar a votação de eleitores do candidato da oposição.

Gonet observa que, após a derrota de Bolsonaro, membros da organização criminosa passaram a coordenar ações golpistas e acampamentos em frentes aos quartéis, buscando apoio militar e preparando documentos para um potencial golpe.

A fala de Bolsonaro sobre buscar “uma alternativa na Constituição” para reverter a eleição é vista como uma confissão de intento antidemocrático pelo procurador. Gonet argumenta que o inconformismo com julgamentos nunca justifica ações autoritaristas.

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