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Vietnã restringe envio de produtos via China para driblar tarifaço

Vietnã busca medidas para limitar exportações via China visando reduzir tarifas elevadas dos EUA. A proposta, impulsionada por preocupações de fraudes comerciais, visa proteger a economia vietnamita sem prejudicar laços com Pequim.

Vietnã planeja restringir exportações de produtos para os EUA via China para evitar tarifas.

Essa medida busca contornar as tarifas de 145% que o presidente Donald Trump impôs à China, além de prevenir fraudes comerciais.

No dia 2 de abril, Trump taxou o Vietnã em 46%, mas pausou as tarifas por 90 dias para países com taxas acima de 10%, exceto a China.

A Reuters revelou um documento confirmando a intenção de Hanói de limitar o fluxo de produtos da China. Essa proposta surgiu após preocupações de oficiais da Casa Branca, incluindo Pete Navarro, sobre produtos 'feitos no Vietnã' chegarem aos EUA através da China.

Após conversas com autoridades dos EUA em 10 de abril de 2025, o governo vietnamita declarou que tomaria ações contra essas fraudes comerciais.

Autoridades dos EUA afirmam que a China estaria utilizando o Vietnã para reduzir tarifas em produtos que não são genuinamente vietnamitas.

Existem relatos de navios chineses ancorando em portos vietnamitas temporariamente apenas para obter documentação que comprove o selo 'feito no Vietnã'.

Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China expressou que a relação entre China e Vietnã é de ganho mútuo.

Produtos enviados do Vietnã frequentemente usam componentes chineses, e fábricas chinesas foram estabelecidas no Vietnã para atender aos clientes dos EUA.

A intenção de Hanói é reduzir as tarifas para um intervalo entre 22% e 28%, um percentual considerado realista segundo autoridades dos EUA, após reunião em março.

Enquanto busca estreitar laços comerciais com os EUA, Hanói pretende manter relações econômicas com a China, que é um dos maiores investidores no Vietnã.

Em 2024, os EUA importaram US$ 136 bilhões do Vietnã, enquanto o Vietnã comprou US$ 144 bilhões em produtos da China. Esses números vêm crescendo consideravelmente.

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