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Giro Diário - Resgate de reféns em Gaza expõe crise e acirra tensões entre Israel e Hamas

Resgate de reféns em Gaza expõe crise e acirra tensões entre Israel e Hamas

Uma operação militar israelense resgatou quatro reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza neste sábado (8), mas o custo humanitário da ação reacendeu críticas e deixou dezenas de mortos. O conflito entre as forças de Israel e o grupo terrorista Hamas segue sem resolução e continua a ameaçar a estabilidade na região.

Operação de resgate de reféns: As forças de Israel resgataram quatro reféns vivos de dois locais diferentes durante operação em Nuseirat, na área central da Faixa de Gaza. Foram resgatados Noa Argamani, 25, Almog Meir Jan, 21, Andrey Kozlov, 27, e Shlomi Ziv, 40, todos sequestrados durante um festival de música em Israel em 7 de outubro.

Desdobramentos e impacto humanitário: A operação resultou em dezenas de mortos, inclusive civis. As Forças Armadas de Israel reconheceram que civis palestinos foram mortos durante os combates, enquanto as autoridades de Gaza, administradas pelo Hamas, falaram em 274 vítimas fatais. A ONU e grupos humanitários expressaram preocupação com o alto número de vítimas civis.

Repercussão e críticas: A operação intensificou a polarização em Israel, com protestos contra o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, e também gerou condenação internacional. Líderes, incluindo o presidente dos EUA Joe Biden, pronunciaram-se exigindo mais esforços para cessar o conflito e encontrar uma solução pacífica.

O que mais é relevante?

  • Opinião crítica ao governo Netanyahu: O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu enfrenta críticas ao lidar com o conflito. Articulistas e líderes políticos argumentam que Netanyahu prefere transformar Gaza numa nova Somália a aceitar um acordo que leve à formação de um Estado palestino. Link de acesso.Bombardeio a escola da ONU: Um bombardeio israelense a uma escola da ONU em Nuseirat, que abrigava civis, resultou na morte de pelo menos 35 pessoas. Israel admite a autoria, mas afirma que a estrutura era usada por terroristas do Hamas. Link de acesso.

Governo aceita negociar meio-termo para PIS/Cofins, mas não abre mão de compensar desoneração

A equipe econômica considera uma negociação possível para a medida que restringe o uso de créditos de PIS/Cofins, mas não abre mão de compensar como desoneração da folha para 17 setores e municípios até 156 mil habitantes. Dialogar com setores e lideranças do Congresso é prioridade das próximas semanas.

A decisão do STF: Em 17 de maio, o ministro Cristiano Zanin do STF deu 60 dias para que governo e Congresso chegassem a um consenso sobre a compensação à desoneração, calculada em R$ 26,3 bilhões. Caso contrário, a desoneração perderá eficácia. Leia mais.

Tributaristas criticam a MP: Especialistas tributários argumentam que a medida provisória 1227/24 causa insegurança jurídica e pode aumentar a carga tributária para empresas. A vedação de ressarcimento em dinheiro e a limitação de créditos tributários de PIS/Cofins são pontos críticos. Confira os detalhes.

Ministro da Fazenda defende a medida: Fernando Haddad declarou que deve discutir a medida com o Congresso, afirmando que ela corrige uma distorção tributária e é crucial para evitar uma tributação negativa. Também ressaltou que a MP não afetará financeiramente as indústrias no curto prazo. Veja a fala do ministro.

O que mais é relevante?

  • Impacto imediato para empresas: A MP altera as regras do PIS/Cofins, prejudicando especialmente exportadoras e setores de agronegócio, combustíveis e medicamentos. A medida pode gerar um impacto significativo no caixa das empresas. Saiba mais.Coalizão de frentes parlamentares: Uma coalizão de 27 frentes parlamentares do Congresso pediu a devolução da MP ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Eles alertam para "graves consequências" da medida, incluindo impacto negativo no fluxo de caixa das empresas. Leia a nota completa.

Morte de Maria da Conceição Tavares marca fim de uma era no pensamento econômico brasileiro

Morreu neste sábado (8), aos 94 anos, a economista Maria da Conceição Tavares, um dos principais ícones do pensamento desenvolvimentista no Brasil. Conceição foi uma crítica feroz do neoliberalismo e deixou um legado importante na academia e na política. Sua morte representou uma grande perda para os setores que defendem maior intervenção do Estado na economia para estimular o crescimento.

Deixou um grande legado: Nascida em Portugal, em 1930, e radicada no Brasil desde 1954, Maria da Conceição foi professora na Unicamp e na UFRJ. Foi também deputada federal pelo PT entre 1995 e 1999. Como professora, formou uma geração de economistas que influenciam o cenário brasileiro até hoje. Entre seus ex-alunos estão figuras como José Serra e Dilma Rousseff. Leitura adicional.

Figura polêmica: Conhecida por suas críticas incisivas, Conceição Tavares não poupou nem mesmo aliados próximos. Apoiou o Plano Cruzado nos anos 1980 e, mais tarde, criticou o Real e a política de juros durante o governo de Lula. Com frequência, suas declarações públicas eram marcadas por um tom irreverente e combativo. Em 2003, foi chamada para explicar a política econômica do governo Lula a deputados petistas, recomendando que "empurrassem com a barriga" a autonomia do Banco Central. Saiba mais.

Impacto na política e na economia: Maria da Conceição trabalhou no BNDES e na Cepal, sendo uma das cientistas por trás da teoria da "industrialização retardatária" — a defesa da intervenção estatal para atrair investimento e tecnologia à produção interna. Seu trabalho foi reconhecido globalmente, e a economista figurou entre os "100 mais importantes economistas do século XX". Mais detalhes.

O que mais é relevante?

  • Outras repercussões: Políticos e intelectuais lamentam a morte de Maria da Conceição Tavares. O presidente Lula, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, foram algumas das figuras que prestaram homenagem. Link de acesso.Oposição às reformas econômicas: Em suas últimas publicações, Conceição foi crítica feroz das reformas propostas durante o governo de Jair Bolsonaro. Para ela, as reformas trabalhista e previdenciária eram reacionárias e aumentavam a desigualdade social no Brasil. Link de acesso.

Europa gira à direita em derrota para governos francês e alemão

A direita saiu como a grande vitoriosa das eleições para o Parlamento Europeu, com aumento de 396 para 402 cadeiras para siglas de direita e centro-direita. Esse avanço reflete a ascensão dos chamados partidos nacionalistas e representa uma derrota para os governos francês e alemão.

PPE mantém liderança: O Partido Popular Europeu (PPE) garantiu 189 deputados, consolidando-se como maior bancada. O resultado favorece a reeleição da atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Reações imediatas: A derrota levou o presidente francês Emmanuel Macron a dissolver o parlamento e convocar novas eleições. Alexander De Croo, primeiro-ministro da Bélgica, anunciou sua renúncia.

Vitórias recentes da direita:

  • Identidade e Democracia: aumento de 49 para 58 cadeiras.
  • Reformistas e Conservadores Europeus: crescimento significativo.

Ainda que a esquerda e centro-esquerda tenham perdido espaço, com a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas caindo de 139 para 135 deputados, e os Verdes diminuindo de 71 para 53 assentos, a nova composição do Parlamento sugere um fortalecimento contínuo da direita.

O que mais é relevante?

  • Extrema direita cresce, mas centro segue líder no Parlamento Europeu: Partido Popular Europeu deve conquistar 186 das 720 cadeiras. Macron reage dissolvendo o parlamento francês. Link de acesso.Holanda abre votação do Parlamento Europeu em meio a ascensão da ultradireita: Geert Wilders se destaca na Holanda, e Marine Le Pen, na França. Link de acesso.Milhões vão às urnas decidir formação do Parlamento Europeu: Projeções indicam avanços da direita. A fragmentação do parlamento pode dificultar aprovações de medidas. Link de acesso.

Zelenski pede que aliados façam mais pela Ucrânia em discurso na França

O presidente Volodimir Zelenski utilizou a ocasião dos 80 anos do Dia D para solicitar mais apoio dos aliados à Ucrânia, destacando a necessidade de reforçar os esforços pela paz na Europa e resistir à agressão russa. O encontro contou com a presença de líderes globais como Joe Biden e Emmanuel Macron, reforçando a urgência do apoio ocidental.

Mensagem de resistência: Durante o evento, Zelenski comparou Vladimir Putin a Adolf Hitler, afirmando que a Europa enfrenta uma nova luta contra o mal. Ele enfatizou que a Ucrânia não pode aceitar a paz enquanto territórios ainda estiverem ocupados por tropas russas. O presidente ucraniano também se encontrou com Biden, que anunciou um novo pacote de US$ 225 milhões em ajuda militar para a Ucrânia. Link de acesso.

Comparações históricas: Biden utilizou a celebração para comparar a ameaça atual de Putin à de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Ele reforçou a necessidade de união entre as democracias ocidentais e destacou que a liberdade e a democracia devem ser defendidas a todo custo. Link de acesso.

Riscos de escalada: A decisão de vários países da Otan de permitir que a Ucrânia utilize armas ocidentais em ataques dentro do território russo aumenta as chances de um confronto direto entre a aliança militar ocidental e a Rússia. Moscou alertou para as consequências graves dessa movimentação. Link de acesso.

O que mais é relevante?

  • Putin reafirma posição: Em um fórum econômico, Vladimir Putin declarou que a Rússia não tem planos de atacar a Otan e que não possui ambições imperiais. Apesar disso, ele criticou o envolvimento ocidental na guerra e alertou sobre a seriedade do uso de armas contra a Rússia. Link de acesso.Crise na Ucrânia: A Ucrânia enfrenta intensos ataques aéreos e uma escassez de defesas antiaéreas eficazes. A dependência de armamentos ocidentais e a capacidade de adaptação russa alteram o curso da guerra, aumentando a pressão sobre Kiev. Link de acesso.