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14/06/2024 - Negociações de cessar-fogo esbarram em impasse com Hamas

A crise envolvendo Israel e Hamas continua a se intensificar, com negociações de cessar-fogo em uma situação delicada. O líder do Hamas admitiu que “ninguém tem ideia” de quantos reféns israelenses permanecem vivos, complicando ainda mais os esforços diplomáticos para alcançar um acordo.

Detalhes e Implicações:

O destino dos 120 reféns restantes em Gaza é crucial para qualquer acordo, mas, segundo o porta-voz do Hamas, Osama Hamdan, ninguém sabe ao certo quantos deles estão vivos. Ele destacou que qualquer acordo deve envolver um cessar-fogo permanente e a retirada completa das forças israelenses de Gaza. A recusa em aceitar a última proposta apoiada pelos EUA agrava a situação. Enquanto o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pressiona por um fim imediato às hostilidades, Israel se mantém firme em seus termos, o que gerou um impasse nas negociações. Leia mais sobre esta importante entrevista à CNN.

O que mais é relevante?

  • Biden diz que Hamas é maior obstáculo para cessar-fogo: O presidente americano afirmou que o Hamas é o principal empecilho para a implementação do cessar-fogo na Faixa de Gaza. Enquanto Israel e Hamas continuam a se acusar mutuamente, Washington tenta mediar a situação. Link de acesso.
  • Ofensiva do Hezbollah escala conflitos regionais: O Hezbollah lançou mais de 200 projéteis contra Israel, após a morte de um comandante sênior em um ataque de Tel Aviv. Este é o maior ataque do grupo libanês desde o início da guerra, intensificando as tensões na região. Link de acesso.
  • Comissão da ONU acusa Israel de crimes contra a humanidade: Em um recente relatório, uma comissão de investigação da ONU acusou Israel de crimes contra a humanidade, incluindo “extermínio” e “perseguição de gênero”, ao mesmo tempo em que aponta crimes de guerra cometidos pelo Hamas desde o início do conflito. Link de acesso.

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Senado argentino aprova Lei de Bases de Milei após confronto e negociação

Javier Milei conquistou sua primeira vitória legislativa em seis meses de governo ao obter a aprovação da Lei de Bases pelo Senado. Em uma votação apertada, o vice-presidente Victoria Villarruel desempate com voto decisivo em meio a intensos confrontos nas ruas de Buenos Aires.

Depois de meses de negociações e revisões, a versão final da Lei de Bases omitiu várias privatizações planejadas e preservou apenas algumas áreas sensíveis. Em uma sessão marcada por tensão e concessões, o Senado reuniu 36 votos a favor e 36 contrários, exigindo a intervenção de Villarruel para a aprovação.

O pacote legislativo de Milei, originalmente com mais de 660 artigos, foi reduzido a cerca de 200. Dentre as modificações, a retirada das privatizações da Aerolíneas Argentinas, Correios e Rádio e Televisão Argentina foi uma das concessões mais significativas para garantir a aprovação.

O que mais é relevante?

  • Economia em destaque. Com a aprovação da Lei de Bases, os títulos soberanos da dívida argentina registraram recuperação. Mesmo com a exclusão de algumas privatizações, a lei contém medidas que tornam o país mais atraente para investidores. link de acesso.
  • Um novo capítulo? Para o analista Juan Carranza, a vitória legislativa indica que Milei atingiu um nível de governabilidade nunca antes demonstrado. No entanto, desafios consideráveis permanecem, incluindo a gestão efetiva de sua administração e o combate à inflação. link de acesso.

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Esquerda une forças na França e desafia Macron em eleições legislativas

Em uma reviravolta inesperada, partidos de esquerda na França anunciaram a formação de uma Frente Popular para disputar as eleições legislativas. A coalizão, que inclui a França Insubmissa, o Partido Comunista, o Partido Socialista e os ecologistas, deve rivalizar com a ultradireita de Marine Le Pen nas eleições marcadas para 30 de junho e 7 de julho.

Formação de uma aliança inédita: A “Nova Frente Popular” almeja alterar o cenário político francês apresentando candidatos comuns e um programa de rupturas. Pesquisas indicam que a coalizão pode se aproximar do número de votos e assentos do partido de ultradireita Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, que é o atual favorito.

O que mais é relevante?

  • Macron dissolve Assembleia Nacional após derrota no Parlamento Europeu: Em resposta ao desempenho de Le Pen nas eleições europeias, Macron convocou eleições legislativas antecipadas. Esse movimento visa conter o avanço da ultradireita. As datas de 30 de junho e 7 de julho põem pressão sobre ambos os lados do espectro político.
  • Conservadores divididos sobre aliança com a ultradireita: A sugestão de Eric Ciotti, líder dos Republicanos, de uma coalizão com o RN resultou em uma crise interna no partido. A proposta foi amplamente rejeitada e Ciotti enfrenta expulsão. Leia mais.
  • Macron apela por frente contra os extremos: Em uma tentativa de unificar os moderados, Macron pediu para que rivais à esquerda e à direita formem uma coalizão contra a ultradireita nas eleições legislativas. Ele também reconheceu a responsabilidade pelo mau desempenho de sua aliança nas eleições europeias. Detalhes aqui.

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Veja para quanto pode ir o rendimento do FGTS após o julgamento no STF

Os ministros do STF decidiram, nesta quarta-feira (12), alterar a correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A partir de agora, o trabalhador receberá, no mínimo, a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) na correção do fundo.

A nova regra: Antes da decisão, a rentabilidade do FGTS era de 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), frequentemente próxima de zero. Com a mudança, o rendimento não poderá ser inferior à inflação oficial do país. Isso implica que, caso a soma de 3% ao ano mais TR não alcance o IPCA, haverá uma compensação para garantir que o trabalhador não perca poder de compra.

O que mais é relevante?

  • Impacto no mercado imobiliário: O setor imobiliário recebeu a decisão do STF com alívio, temendo anteriormente que uma remuneração pela poupança pudesse inviabilizar programas de habitação popular como o Minha Casa, Minha Vida. Link de acesso.
  • Questões jurídicas e sociais: Durante o julgamento, ministros como Alexandre de Moraes expressaram satisfação com o que chamaram de "momento socialista" do STF, evidenciando o compromisso com a função social do FGTS. Link de acesso.

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Projeto de Lei que Equipara Aborto a Homicídio após 22 Semanas de Gestação Ganha Urgência na Câmara

Um projeto de lei polêmico que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples ganhou regime de urgência na Câmara dos Deputados, o que pode acelerar sua votação sem debates nas comissões. A medida gerou manifestações e discutíveis reações de ambos os lados do espectro político.

Entenda a controvérsia: O PL 1904/2024, assinado por diversos deputados, entre eles Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), busca equiparar qualquer aborto realizado após 22 semanas ao crime de homicídio simples, cuja pena varia de 6 a 20 anos de reclusão. Isso se aplicaria até mesmo aos casos autorizados pela legislação atual, como gravidez resultante de estupro. A rápida aprovação do regime de urgência levantou críticas e preocupações sobre o impacto da proposta.

O que mais é relevante?

  • Manifestações em várias capitais: Protestos contra o PL ocorreram em seis capitais brasileiras. Manifestantes expressaram preocupação de que a medida trará retrocessos nos direitos das mulheres. Link de acesso.
  • Rodrigo Pacheco e a tramitação no Senado: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que um projeto dessa relevância não deveria ir diretamente ao plenário sem a devida análise pelas comissões, ressaltando a importância de uma discussão madura e cautelosa. Link de acesso.

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