1/3 dos médicos deixou Atenção Primária à Saúde em 2 anos
Estudo revela que a rotatividade de médicos na Atenção Primária à Saúde está ligada ao PIB dos Estados. Pesquisadores enfatizam a necessidade de entender os desafios na fixação de profissionais e a melhoria dos serviços prestados.
Taxa de rotatividade de médicos na APS entre 2022 e 2024 foi de 33,9%.
A rotatividade foi maior em estados com menor PIB. Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal apresentam os menores percentuais de saída.
Em contrapartida, Maranhão e Paraíba têm os maiores percentuais entre os estados com PIB per capita mais baixo.
Os dados são de um estudo da Umane e do Ibre/FGV, apresentado em 2 de junho de 2025.
Marcella Abunahman, pesquisadora do FGVsaúde, enfatiza a importância de estudos adicionais para entender a rotatividade.
A pesquisa ressalta desafios como a fixação de profissionais, cobertura vacinal e atendimento a condições crônicas.
A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada do SUS, essencial para promover e proteger a saúde da população.
No 2º quadrimestre de 2024, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul atenderam a meta de 45% de assistência a gestantes, com o Norte sendo a exceção.
Para o rastreio de câncer de mama, a meta de 70% foi alcançada nas mesmas regiões, exceto no Norte.
A média nacional de internações por condições sensíveis à APS ficou em 20,6%, com o Norte (23,9%) e Nordeste (22,4%) acima da média.
A cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano não atingiu a meta de 95%, alcançando apenas 87% em Alagoas e no Distrito Federal.
As informações são da Agência Brasil.