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1% mais rico causa 17 vezes mais secas na Amazônia, diz pesquisa

Estudo revela que as emissões do 1% mais rico intensificam eventos climáticos extremos na Amazônia. A pesquisa destaca a relação entre o consumo das elites e o agravamento de secas e ondas de calor na região.

Pesquisa da Nature Climate Change revela que o 1% mais rico da população mundial é responsável por uma contribuição 17 vezes maior para as secas na Amazônia e 26 vezes superior para ondas de calor raras.

Os 10% mais ricos contribuíram 6 vezes mais que a média global para o agravamento das secas entre 1990 e 2020. O estudo analisa a conexão entre emissões de gases de efeito estufa e eventos climáticos extremos.

A pesquisa discute que as emissões provenientes do consumo e investimentos dos ricos aumentaram o risco de eventos climáticos extremos em regiões vulneráveis, como a Amazônia, sudeste asiático e sul da África.

A autora principal, Sarah Schöngart, afirma: “As secas severas que atingem a Amazônia já reduziram a capacidade da floresta de estocar carbono. Agora sabemos que há uma ligação direta entre essas mudanças e as emissões dos mais ricos.”

A análise também indica que a probabilidade de secas extremas na Amazônia aumentou cerca de 3 vezes desde 1990, especialmente nos meses mais secos, como outubro.

As emissões dos 10% mais ricos da China e dos Estados Unidos têm grande impacto nesse agravamento, respondendo por quase metade das emissões globais atribuídas aos mais ricos.

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