20% das comissões permanentes da Câmara são presididas por deputadas
Seis mulheres lideram comissões na Câmara dos Deputados, alcançando 20% da presidência dos colegiados para 2025. Entre as novidades, destacam-se a primeira mulher indígena no comando da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e a presidência da Comissão de Esporte por uma mulher pela primeira vez.
Seis mulheres foram eleitas presidentes de comissões permanentes na Câmara dos Deputados para 2025, entre 28 colegiados já eleitos. A Câmara possui 30 comissões permanentes, e as de Administração e Serviço Público, e Desenvolvimento Urbano ainda vão escolher suas mesas.
Desde 2003, o recorde de presidentes mulheres é 7, em 2021 (28% da representatividade). Em 2022, apenas 2 mulheres foram presidentes (8%), subindo para 5 em 2023 (16%). O percentual se manteve em 2024, e em 2025, subiu para 20%. As mulheres ocupam cerca de 18% das cadeiras na Câmara.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) ressalta que, apesar do avanço, o número ainda é insuficiente. Ela destaca a importância de discutir temas variados, não apenas os direitos das mulheres.
Entre as eleitas, a deputada Elcione Barbalho (MDB-PA) presidirá a Comissão de Meio Ambiente. Esta é sua terceira vez como presidente de comissão. Ela enfatiza a importância da Amazônia e o compromisso com o meio ambiente, especialmente com a COP30.
A deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) presidirá pela primeira vez a Comissão de Esporte, abordando temas como inclusão social e o impacto das apostas.
A deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) será a 1ª mulher indígena a presidir a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, priorizando o combate ao feminicídio e suas consequências nas comunidades indígenas.
Já a deputada Denise Pessôa (PT-RS) comandará a Comissão de Cultura com foco no Plano Nacional de Cultura.
A deputada Yandra Moura (União-SE) presidirá a Comissão de Integração Nacional, buscando soluções para desigualdades regionais. A deputada Dandara (PT-MG) será a presidente da Comissão da Amazônia, priorizando a proteção ambiental e os direitos dos povos originários.
As novas lideranças estão focadas em temas relevantes e diversos, buscando uma participação mais ampla e efetiva das mulheres no legislativo.