4 exemplos históricos que mostram os riscos do intervencionismo dos EUA no Oriente Médio
Trump critica o intervencionismo histórico dos EUA, mas a tensão se intensifica com ataques ao Irã. A análise de ações passadas revela as complexas consequências do envolvimento americano no Oriente Médio.
Donald TrumpIraque em 2003.
Analistas interpretaram que, sob sua administração, o intervencionismo americano no Oriente Médio poderia ser coisa do passado. Porém, em 21 de junho, os EUA atacaram instalações nucleares no Irã, intensificando o conflito na região.
Trump afirmou que o objetivo era "destruir a capacidade de enriquecimento nuclear do Irã", identificando o país como o principal patrocinador do terrorismo global.
Fawaz Gerges, professor e autor, destaca que o intervencionismo dos EUA na região é uma constante desde a década de 1940. A seguir, uma retrospectiva de quatro intervenções americanas:
- Golpe de Estado no Irã (1953): Derrubada do primeiro-ministro democráticamente eleito, Mohammad Mossadeq, levando à instalação do xá no poder. A CIA reconheceu seu envolvimento em 2013.
- Apoio ao Talibã (1979): Durante a Guerra Fria, os EUA apoiaram o grupo mujahideen contra a invasão soviética do Afeganistão, resultando posteriormente na ascensão do Talibã e da Al Qaeda.
- Invasão do Afeganistão (2001): Após os ataques de 11 de setembro, os EUA invadiram o Afeganistão para retirar o Talibã. A retirada em 2021 levou à rápida recaptura do país pelo grupo.
- Invasão do Iraque (2003): A invasão foi justificada pela alegação de armas de destruição em massa, resultando em caos e crescimento do extremismo no país. Estima-se que 209.982 civis iraquianos foram mortos entre 2003 e 2022.
Waleed Hazbun sugere que os EUA deveriam apoiar a região em seus próprios esforços de segurança, ao invés de impor uma ordem militar.
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