4 pontos para entender a defesa de Bolsonaro em julgamento no STF
STF começa julgamento sobre tentativa de golpe envolvendo Jair Bolsonaro e aliados. Denúncia prevê análise de crimes que podem levar à condenação dos réus caso seja aceita.
Julgamento no STF: A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta terça-feira (25), o julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados réus por tentativa de golpe de Estado.
A primeira sessão contou com o relatório do ministro relator Alexandre de Moraes e as audiências do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e das defesas.
O julgamento, que continua na quarta-feira (26), avalia a denúncia contra oito pessoas, incluindo Bolsonaro, consideradas o núcleo central na organização do golpe.
Se a denúncia for aceita, um processo judicial será instaurado, e os réus poderão ser condenados.
O advogado de Bolsonaro afirmou que o ex-presidente é o mais investigado da história do Brasil e que as investigações surgiram a partir de uma live de agosto de 2021. Ele destacou que nada foi encontrado contra Bolsonaro nas buscas.
A defesa contestou a acusação, argumentando que o termo “possível” foi usado 80 vezes no inquérito sem evidências concretas de envolvimento de Bolsonaro.
Sobre a minuta golpista, o advogado ressaltou que não foi encontrada com o ex-presidente e que a única evidência era uma versão do delator, sem detalhes suficientes.
A defesa alegou que a acusação de tentativa de golpe é insustentável, já que em julho de 2022 Bolsonaro ainda era presidente legítimo.
O procurador-geral, Paulo Gonet, argumentou que o governo de Bolsonaro previa sua derrota nas eleições de 2022, levando a uma mobilização contra o resultado. No entanto, a defesa refutou, afirmando que não há provas ligando o ex-presidente aos ataques de 8 de Janeiro.
O advogado reiterou que a transferência de poder a Luiz Inácio Lula da Silva demonstra que Bolsonaro não tentou se manter no poder de maneira ilegal, apesar de não ter comparecido à posse.