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40% dos moradores de unidades de conservação vivem sem saneamento

Censo 2022 revela que a precariedade em serviços básicos afeta 40% dos moradores de Unidades de Conservação no Brasil. Comunidades tradicionais, como quilombolas e indígenas, enfrentam as maiores dificuldades nessas áreas.

Censo Demográfico 2022 do IBGE revela que 11,8 milhões de pessoas vivem em Unidades de Conservação (UCs) no Brasil, representando quase 6% da população nacional.

Precariedade nas UCs: 40,34% dos moradores enfrentam pelo menos uma forma de falta de serviços básicos, acima da média nacional. 856 mil vivem sem água, esgoto e coleta de lixo.

Entre quilombolas, mais de 85% dos lares tem precariedades; entre indígenas, quase 60%. No total, 248 mil quilombolas e 94 mil indígenas estão afetados, o que aumenta os riscos de contaminação e degradação ambiental.

A taxa de analfabetismo nas UCs é de 8,84%, superior a média nacional de 7%. A maioria (98,73%) reside em áreas de uso sustentável.

São Paulo tem o maior nº de moradores em UCs: 2,48 milhões. Outros estados: Maranhão (1,55 milhão), Bahia (1,35 milhão), Rio de Janeiro (1,12 milhão) e Distrito Federal (1,10 milhão).

O DF possui a maior proporção: 39,16% da população vive em UCs, com a APA do Planalto Central abrigando 602 mil pessoas.

No Maranhão, destacam-se: APA da Baixada Maranhense (584 mil, 84 mil quilombolas) e APA de Upaon-Açu/Miritiba/Alto Preguiças (510 mil, 24 mil quilombolas). Há também 1.227 UCs sem habitantes.

Perfil racial: 51,1% se declara parda, 35,8% branca, e 11,9% preta. 282 mil são quilombolas (2,39%) e 133 mil são indígenas (1,12%).

O Norte possui a maioria da população parda (71,68%), com Roraima (74,74%) e Pará (73,80%), enquanto o Nordeste concentra a maior proporção de pessoas pretas (16,03%), especialmente na Bahia (26,06%).

A gerente do IBGE, Marta Antunes, destaca a importância histórica dos grupos étnicos na conservação ambiental e a relevância dos resultados do estudo.

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