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6 mil armas sumidas: busca por arsenal de CACs emperra com jogo de empurra entre Exército e PF

Governo ignora centenas de armas de uso restrito em mãos de criminosos enquanto transição de fiscalização da Polícia Federal continua sem definição. Especialistas alertam para o risco de segurança pública diante do paradeiro desconhecido dessas armas.

Governo Lula ignora sumiço de armas restritas

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tomou medidas sobre **6.168 armas de fogo** de uso restrito que não foram recadastradas por seus donos. Esses armamentos, como **fuzis**, podem estar em posse de criminosos.

O recadastramento, realizado no primeiro semestre de 2023, revelou que as armas não recadastradas superam as **2 mil** traficadas de Miami para o Rio de Janeiro. A Polícia Federal (PF) contabilizou **894.890 armas** de uso permitido, mas apenas **44.264** das *50.432 armas* de uso restrito foram recadastradas.

Durante audiência em maio, o ex-ministro da Justiça, **Flávio Dino**, admitiu o problema: “Onde essas armas estão? Vamos descobrir e apreender.” No entanto, a responsabilidade de fiscalização ainda não foi totalmente transferida à PF.

O adiamento da transferência de funções para julho colocou a fiscalização em um "limbo", segundo especialistas. As armas de uso restrito são altamente desejadas por organizações criminosas.

O pesquisador **Roberto Uchôa** comentou que é preocupante a falta de ações sobre as armas desaparecidas. “O governo deve fiscalizar as que já estão nas ruas”, destacou.

O Ministério da Justiça informou que está trabalhando para reforçar a fiscalização e que os dados do recadastramento embasaram ações como a **Operação Day After**. Entretanto, apenas **100** das **1.170 vagas** necessárias para a fiscalização foram autorizadas.

A PF deve herdar a responsabilidade de fiscalizar **900 mil CACs** e **1,3 milhão de armas** dos militares, levantando preocupações sobre a eficácia do novo sistema. O **exército** comentou, mas não ofereceu detalhes até a data da publicação.

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