7 gráficos que mostram quais imigrantes Trump quer deportar dos EUA
A história de Marta exemplifica o desafio enfrentado por milhões de imigrantes sem documentos nos Estados Unidos, que, apesar de sua formação e habilidades, vivem sob a constante ameaça de deportação. A situação complexa reflete a urgência de uma reforma migratória que aborde os direitos e necessidades dessa população vulnerável.
Marta, uma imigrante mexicana, é formada em Ciências Políticas e Religião pela Universidade Columbia, mas trabalha fazendo faxina devido à falta de documentos.
Com 22 anos, Marta não possui visto de trabalho e enfrenta a incerteza de deportações em massa nos Estados Unidos, conforme a política do presidente Donald Trump.
Atualmente, há 11 milhões de imigrantes sem status legal nos EUA, com propostas que podem elevar esse número a 13 milhões em 2025, conforme estimativas do Departamento de Segurança Nacional (DHS).
A administração Trump prioriza deportações de indivíduos com antecedentes criminais, mirando em um total de um milhão de deportações. Até julho de 2022, cerca de 662 mil estrangeiros estavam registrados para deportação.
Os imigrantes sem documentos incluem:
- Beneficiários da Ação Diferida para os Chegados na Infância (DACA)
- Beneficiários de Status de Proteção Temporária (TPS)
- Indivíduos com pedidos de asilo em espera
A maioria dos imigrantes sem documentos é originária do México (43,6%), seguida por Guatemala, El Salvador e Honduras. O número de mexicanos caiu de 5,5 milhões em 2018 para 4,8 milhões em 2022.
A população de imigrantes sem documentos é predominantemente jovem, com 79% residindo nos EUA por mais de 12 anos. Uma questão preocupante é a separação de famílias, já que muitos têm membros com status legal.
A maioria reside no sul dos EUA, especialmente na Califórnia (2,6 milhões) e Texas (2,1 milhões). 44% vivem em "Estados-santuário", que protegem imigrantes sem documentos.
Marta e outros 8,3 milhões de trabalhadores sem documentos representam 4,8% da mão de obra nos EUA, principalmente em setores como agricultura e construção.
No início do ano, o governo Trump não alcançou o recorde de deportações do ex-presidente Biden, e a viabilidade de deportações em massa é questionada por especialistas, que apontam custos exorbitantes e logística complexa.
Marta e sua mãe resistem à ideia de deportação e planejam continuar suas vidas nos EUA. Marta pretende estudar para se tornar advogada e mudar o sistema a partir de dentro.