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71% da população do planeta vive em regimes autocráticos

A queda do governo em Portugal ressalta a fragilidade das democracias contemporâneas. Enquanto isso, o Brasil mantém um marco democrático significativo, embora enfrente desafios que podem pôr em risco seus princípios fundamentais.

Brasil celebra 40 anos de democracia ininterrupta, apesar das cicatrizes da ditadura militar. Crimes contra direitos humanos permanecem impunes, levantando preocupações sobre a anistia dos delitos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Portugal enfrenta turbulências políticas com a renúncia do primeiro-ministro Luís Montenegro, após a rejeição de uma moção de confiança. Seu partido, o PSD, aceita uma CPI com prazo limitado para evitar crises maiores.

O presidente Marcelo Rebelo dissolveu o Parlamento, convocando eleições para 18 de maio, em meio a investigações de conflitos de interesse envolvendo Montenegro.

Relatório V-Dem revela que 60 países estão em transição para autocracias, enquanto o nível de democracia global atinge o menor índice desde 1985.

No entanto, os países da América Latina estão, em geral, se tornando mais democráticos. Atualmente, 71% da população mundial vive em regimes autocráticos, um aumento de 48% em 10 anos.

Em 2023, apenas 18 países estão em democratização, comparado a 35 em 2003. O Brasil, com 216 milhões de habitantes, ainda se destaca nesse cenário.

A teoria da graxa ganha destaque, com a ideia falaciosa de que a corrupção poderia beneficiar a economia, o que levanta questões sobre a integridade das instituições democráticas.

O caso português serve como um lembrete da importância dos pilares democráticos, e ferramentas como a moção de confiança e o recall são cruciais para validar decisões políticas.

No Brasil, a urgência de votações no Congresso e práticas como o “orçamento secreto” representam ameaças. Há risco de anulação da Lei da Ficha Limpa sem debate público.

A corrupção é um problema global; no entanto, Portugal mantém a institucionalidade democrática, sendo fundamental discutir como enfrentar os desafios da corrupção.

Conforme Daron Acemoglu, o grau de evolução das instituições é vital para o progresso e riqueza das nações.

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