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9 de julho vem aí: tarifas de Trump podem frustrar novas máximas do Ibovespa?

A tensão comercial entre os EUA e seus parceiros pode impactar o mercado brasileiro, gerando aversão ao risco. Economistas alertam que novas tarifas podem resultar em correções nas bolsas globais, afetando diretamente o Ibovespa.

Novas tensões comerciais podem impactar o Ibovespa. O prazo de 9 de julho, que pode resultar em tarifas diferentes impostas pelos EUA, está sendo monitorado de perto. Este cenário pode gerar uma aversão global ao risco.

Mesmo com Wall Street fechada por feriado em 4 de julho, os futuros das ações dos EUA recuaram, com montadoras da UE buscando acordos para aliviar tarifas em troca de investimentos nos EUA. O presidente Donald Trump alarmou ao anunciar tarifas de até 70%.

Os mercados globais já se recuperaram da volatilidade de abril, mas os investidores permanecem cautelosos. Neil Wilson, da Saxo UK, diz que é um bom momento para reduzir riscos, embora não acredite em mudanças fundamentais.

O economista Thiago Calestine acredita que as novas tarifas possam gerar aversão a ativos de risco, afetando negativamente não apenas o Brasil, mas os mercados globais. Ele prevê que a bolsa americana pode observar uma realização de lucros, impactando bolsas europeias, asiáticas e emergentes.

Após o “Liberation Day” em abril, o mercado ficou abalado, mas o alívio veio com a pausa de Trump que durou três meses. Calestine sugere que, com o prazo se aproximando, um efeito similar pode ocorrer, embora em menor escala, já que este risco está precificado.

Destaca-se que o Brasil foi considerado um “vencedor” pós-Liberation Day, com tarifas mais baixas em comparação a outros países. Isso contribuiu para ganhos significativos no Ibovespa, que ultrapassou os 141 mil pontos.

Quanto ao dólar, Calestine projeta uma potencial fraqueza, o que pode beneficiar o Brasil como agroexportador, aumentando a competitividade e receitas, impulsionando o mercado de ações.

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