A ação da Porto está na máxima histórica; Kakinoff vê M&As com cautela
Porto busca diversificar suas fontes de receita e reduzir a dependência do seguro de automóveis, enquanto explora oportunidades de M&A. A estratégia, que já trouxe resultados positivos para as ações da empresa, visa ampliação no setor bancário e de saúde.
Porto Seguradora teve um ano incomum em 2024, analisando 65 targets de M&A, mas sem fechar negócios. O CEO Paulo Kakinoff mencionou que aquisições são fundamentais para diversificar receitas e reduzir a dependência do setor de seguros de automóveis.
A participação de seguros de auto no faturamento da Porto caiu de 70% há cinco anos para menos de 50% atualmente. Kakinoff espera um crescimento de um dígito na receita de seguros de auto, enquanto as áreas de banco, saúde e serviços devem crescer acima de 20%.
O mercado reagiu positivamente, com a ação da Porto subindo 45% em 2024, alcançando um valor de mercado de R$ 34 bilhões.
Kakinoff afirma que a Porto não procura ativamente por sócios, mas já recebeu propostas de fundos interessados em uma fatia minoritária em suas verticais. No entanto, a entrada de novos sócios depende da contribuição de expertise que possa acelerar os objetivos da empresa.
A Porto possui excesso de capital e pode aumentar o payout de dividendos, além de considerar M&As para melhorar sua oferta e presença geográfica. O CEO alerta que experiências passadas com aquisições fora do core foram menos satisfatórias.
No setor de saúde, a Porto atende cerca de 700 mil vidas, com plano de ampliação restrita e controle de qualidade de serviços. No banco, o foco é expandir produtos e atender a necessidade de investimentos conservadores dos clientes.
Além disso, há planos para lançar uma conta PJ com cartões de crédito e financiamento para redes credenciadas, atendendo as oficinas que somaram R$ 2,5 bilhões em sinistros em 2024.