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A advogada de 80 anos que arrisca a vida para defender direitos dos homossexuais na África

Alice Nkom, a primeira advogada negra de Camarões, enfrenta ameaças e perseguições, mas reafirma seu compromisso de defender os direitos da comunidade LGBT+. Ela acredita na proteção dos direitos humanos como prioridade, desafiando as autoridades locais.

A advogada camaronesa Alice Nkom, aos 80 anos, se mantém firme na defesa dos direitos da comunidade LGBT+ em Camarões, apesar de ameaças e difamações recebidas.

A sua ONG, Redhac, foi suspensa pelo governo, e Nkom enfrenta acusações de lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo, as quais nega. Ela acredita que as autoridades a atacam por sua atuação em favor dos homossexuais.

Nkom, considerada uma "mãe adotiva" para muitos na comunidade LGBT+, defende que ser livre de discriminação deve ser um direito fundamental, mesmo que o código penal camaronense punisse a homossexualidade com até cinco anos de prisão.

Ela começou sua trajetória em 1969, se tornando a primeira advogada negra do país, e em 2003 fundou a Adefho, uma associação para a defesa dos homossexuais. Desde então, Nkom esteve envolvida em diversos casos, incluindo o da celebridade transgênero Shakiro, condenada em 2021.

A situação dos LGBT+ em Camarões permanece crítica, com recentes incitações ao ódio expressas em uma música popular. Nkom considera a filha do ditador Paul Biya, Brenda Biya, uma chave para a mudança, estando otimista em relação a um possível desafio judicial através de seu caso.

A defensora continua sua luta, vendo os obstáculos impostos apenas como mais um passo em sua batalha pelos direitos humanos.

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