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A advogada de 80 anos que arrisca a vida para defender direitos dos homossexuais na África

Alice Nkom, a primeira advogada negra de Camarões, enfrenta perseguições enquanto luta incansavelmente pelos direitos da comunidade LGBT. Apesar das ameaças e da suspensão de sua ONG, ela permanece determinada a desafiar as leis discriminatórias do país.

Alice Nkom, advogada camaronesa de 80 anos, luta pelos direitos da comunidade LGBT em Camarões, apesar de difamações e ameaças. Sua ONG, Redhac, foi suspensa e ela enfrenta acusações de lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo, que nega.

Nkom afirma que as autoridades a perseguem por seu apoio à comunidade LGBT. "Sempre defenderei os homossexuais, porque eles arriscam sua liberdade todos os dias", declarou em entrevista.

Em Camarões, a homossexualidade é criminalizada, com penas de até cinco anos de prisão. Nkom é considerada uma "mãe adotiva" por alguns membros da comunidade, devido ao seu trabalho ao longo de mais de 20 anos.

A advogada, que fundou a Adefho em 2003, começou sua atuação na defesa da homossexualidade após ver jovens sendo algemados por essa razão. Um de seus casos notáveis foi a defesa das transexuais Shakiro e Patricia, que foram condenadas em 2021 por "tentativa de homossexualidade".

Recentemente, um ritmo local glorificou a violência contra homossexuais, acentuando o clima de hostilidade. Nkom, após a filha do presidente se assumir lésbica, vê uma oportunidade de mudar leis discriminação, usando esse caso como precedente.

A advogada continua sua luta, considerando os obstáculos como desafios e não barreiras intransponíveis. "Não se deve aprisionar direitos fundamentais", enfatiza.

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