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A AI vai dominar o mundo? Ainda não, diz o autor deste best-seller

Ethan Mollick afirma que a inteligência artificial ainda não foi totalmente explorada, mas já possui potencial para transformar diversos setores. A resistência das empresas em adotar a tecnologia se deve a preocupações relacionadas a segurança e mudanças nos incentivos internos.

Ethan Mollick, professor da Wharton School e autor do best-seller Cointeligência, afirma que mesmo sem novos avanços, os recursos de inteligência artificial (IA) disponíveis já podem revolucionar diversos setores na próxima década.

Mollick comenta que “os sistemas de IA atuais são bons o suficiente para causar disrupção nos negócios pelos próximos dez anos.” No entanto, muitas empresas ainda hesitam em adotar essa tecnologia devido à falta de incentivos e a avisos de proibição do uso de IA.

Em relação às demissões, ele acredita que ainda é cedo para atribuí-las à IA, pois as empresas não têm explorado totalmente os benefícios disponíveis. “A adoção é muito rápida, mas as empresas resistem a adotar abertamente,” explica.

Mollick destaca que a corrida tecnológica por recursos de IA não mostra sinais de desaceleração. Ele observa a eficiência crescente no uso de energia pelos sistemas de IA e a falta de regulamentações que possam impedir seu desenvolvimento, citando uma mudança de foco para uma corrida armamentista global em vez de regulamentação.

Sobre as preocupações de líderes empresariais, Mollick menciona que muitos estão apenas começando a considerar como a IA pode mudar suas operações. Ele enfatiza a necessidade de adaptação enquanto as Big Techs lançam novos recursos diariamente.

Ele também destaca que a IA não substituirá completamente empregos humanos, mas pode deslocar funções. “Uma gestão que pensa à frente pode reformular empregos de maneiras inovadoras,” sugere.

Para o Brasil, Mollick vê uma oportunidade única de uso da IA, destacando que todos têm acesso às mesmas tecnologias, podendo nivelar as diferenças educacionais e econômicas. Ele conclui que, apesar de preocupações sobre a superinteligência artificial, acredita que isso é ainda muito improvável em um futuro próximo.

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