A alocação em Bolsa no Brasil está baixa demais?
Investidores locais mantêm cautela em meio ao rali da Bolsa brasileira, enquanto estrangeiros aceleram investimentos. O cenário de incerteza sobre a economia nacional pode impactar decisões de alocação no curto prazo.
A alta da Bolsa brasileira em 2023 tem surpreendido, mesmo sem mudanças significativas no País. O BTG Pactual observera que muitos investidores reduziram a exposição a ações a níveis mínimos, criando um fear of missing out.
O analista Eduardo Rosman discute que, se a valorização continuar impulsionada por investidores estrangeiros, pode haver uma reversão nas carteiras locais em questão de semanas.
O Brasil não é o único mercado emergente em alta; outros países também estão se beneficiando da realocação global, enquanto ações americanas enfrentam queda recorde na alocação, segundo o Bank of America.
Investimentos em mercados desenvolvidos na Europa somam US$ 14 bilhões em 2023; já o Brasil recebeu R$ 5,5 bilhões, em contraste com uma perda de R$ 22 bilhões em 2024.
Apesar disso, os investidores locais permanecem cautelosos devido aos juros altos e perspectivas econômicas desfavoráveis. A expectativa é de que mudanças ocorram até a eleição de 2026, mas não há consenso sobre a tendência de investimento no curto prazo.
Nas reuniões do BTG no Rio, foi observado investimento maior em utilities e vendas de ações do setor financeiro. A dúvida persiste: “Quem será o primeiro a mudar essa estratégia?” conclui o BTG referente ao comportamento dos investidores nos próximos meses.