A aposta arriscada de Trump que pode dar certo — se Israel e Irã interromperem ataques

Donald Trump arriscou ao envolver os EUA no conflito entre Israel e Irã, mas anunciou um cessar-fogo entre os países que pode levar a uma paz duradoura.

Na segunda-feira (23/6), Trump comunicou que Israel e Irã concordaram em interromper hostilidades após a “Guerra dos 12 Dias”, o que seria um passo importante para evitar um conflito maior.

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, afirmou que se o regime israelense parasse sua agressão até as 4h (horário de Teerã), não haveria mais respostas. Israel confirmou que aceitou a proposta ao atingir seus objetivos de ataque.

No entanto, a fragilidade do acordo se mostrou quando, apenas duas horas após o cessar-fogo, o ministro da Defesa israelense acusou o Irã de violar o acordo e prometeu uma resposta.

Trump e seu governo tentam garantir que o cessar-fogo seja respeitado, numa situação que se agravou após o Irã retaliar um ataque americano, mas todos os mísseis foram interceptados, sem vítimas.

Durante um discurso, Trump reafirmou que responderia de forma esmagadora a qualquer ataque iraniano contra os interesses dos EUA. Ele destacou que o Irã teve uma resposta fraca aos danos em suas instalações nucleares e expressou esperança pela paz na região.

Nos bastidores, a Casa Branca interagiu com mediadores do Catar e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para acertar os detalhes do cessar-fogo. Apesar dos riscos de seu ataque inicial ao Irã, Trump demonstrou disposição para negociar.

O cenário remete ao ataque que resultou na morte do líder da Guarda Revolucionária Iraniana, Qasem Soleimani, em 2020, que não escalou em um conflito expandido.

A imprensa indica que o Irã busca proporcionalidade nos ataques, ao invés de uma escalada, e Trump está focado em evitar mais combates, enquanto ambos os lados mostram disposição para o diálogo.