A avó 'caçadora de pedófilos' que era chefe do narcotráfico e construiu um império da heroína
A trajetória de Margaret "Big Mags" Haney destaca a dualidade de uma figura que, enquanto lutava contra a pedofilia, também liderava uma operação de tráfico de heroína. Seu legado controverso provoca reflexões sobre justiça, criminalidade e o papel das mulheres na sociedade.
Em janeiro de 1997, a avó escocesa Margaret "Big Mags" Haney ganhou fama ao expulsar um criminoso sexual de seu conjunto habitacional em Stirling.
Ela se tornou uma personalidade matriarcal e ativista contra a pedofilia, aparecendo no programa de TV Kilroy e em protestos por todo o país.
No entanto, seu passado criminal emergiu rapidamente: a família Haney era conhecida como "Família do Inferno da Escócia", envolvida em roubos e violência.
Após a revelação, Big Mags e sua família foram expulsos de Raploch por uma multidão enfurecida. Mesmo assim, ela manteve um status de "celebridade" na mídia.
Em 2000, surgiram novas alegações, com o jornal Daily Record denunciando Haney como traficante de heroína.
Um jornalista investigou e encontrou evidências de que Mags dirigia uma operação de tráfico e foi condenada a 12 anos de prisão.
Durante o julgamento, foi revelado que sua operação gerava lucros impressionantes, enquanto Mags também recebia benefícios do Estado.
Em 2001, membros da família Haney foram condenados, mas a operação não foi desmantelada antes devido a suspeitas de que Mags fosse informante da polícia.
Mags Haney morreu de câncer em 2013, mas sua neta, Cassie, acredita que seu legado é complexo: "Você pode ser um traficante e também uma avó amorosa".