À beira de decisões sobre juros no Brasil e nos EUA, ainda vale insistir nas bolsas?
Os mercados brasileiros e americanos enfrentam um momento de incertezas, com o Ibovespa mantendo leve alta enquanto o dólar se valoriza. A expectativa de mudanças nas taxas de juros globais pode impactar os investimentos e a economia em ambos os países.
Conexão Econômica Brasil e EUA
O Brasil e os Estados Unidos enfrentam desafios econômicos semelhantes, com o Ibovespa fechando em 133.516 pontos, alta de 0,02% no dia, mas queda acumulada de 1,2% na semana e 1,15% em maio. Em 2023, o índice apresenta valorização de 11%.
No mercado cambial, o dólar comercial subiu 0,37%, fechando a R$ 5,71. Acumulou alta de 1% na semana e 0,6% em maio, mas ainda tem queda de 7,6% no ano.
Em Nova York, os índices também cederam devido a preocupações sobre juros americanos. Economistas preveem que taxas de referência possam cair, influenciando a Selic no Brasil.
Os ruídos políticos e a narrativa econômica dominam o mercado americano, com investidores menos reativos a dados econômicos. A possibilidade de volatilidade expõe incertezas e exige cautela.
A movimentação do Ibovespa foi de R$ 17,2 bilhões, próximo da média diária. Os analistas veem poucas expectativas positivas para 2025 sob Trump, principalmente nas ações tecnológicas, que estão supervalorizadas.
No Brasil, mesmo com ações consideradas baratas, os efeitos do cenário externo podem impactar commodities como petróleo e minério de ferro. A disposição para risco é essencial, especialmente com as negociações tarifárias entre EUA e China sem conclusão. Um bom acordo poderia impulsionar exportações brasileiras.
Se ocorrer um alívio nas tarifas, haveria espaço para a redução da Selic e um fluxo positivo de dólares, beneficiando a balança comercial.