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A Brookfield investiu em rodovias no Peru. Agora vive um pesadelo de US$ 2,7 bilhões

Brookfield enfrenta uma difícil batalha jurídica e financeira após protestos e acusações de corrupção em projeto de rodovia em Lima. Com os pedágios cancelados, a empresa corre risco de inadimplência enquanto busca compensação de US$ 2,7 bilhões.

A Brookfield Asset Management adquiriu três rodovias com pedágio em Lima, Peru, em um cenário de crescimento rápido, mas se deparou com problemas políticos e financeiros.

Os pedágios geraram protestos públicos devido aos altos custos, acusações de corrupção contra um funcionário local e a oposição do prefeito Porky, que busca cancelar o contrato. A Brookfield alega que o Peru confiscou ilegalmente as estradas.

O projeto, conhecido como Rutas de Lima, enfrenta profunda crise financeira, com fluxo de caixa negativo e risco de inadimplência segundo a S&P Global Ratings. A empresa busca US$ 2,7 bilhões na arbitragem contra o Peru, alegando perda significativa de receitas.

A Brookfield se uniu à Odebrecht em 2016, que se declarou culpada de suborno em outros projetos, elevando a desconfiança sobre o contrato de pedágio. Disputas judiciais têm sido frequentes, com um juiz comparando a situação a um filme repetitivo.

O atual prefeito, Rafael López Aliaga, chamou as arbitragens de “fraude” e se recusa a pagar a Brookfield, enquanto autoridades peruanas negam que a disputa tenha afetado outros investidores.

Nas palavras de Ben Vaughan, diretor da Brookfield, “nossa confiança no Peru foi abalada”. Analistas temem que o caso Rutas de Lima possa afetar a reputação do Peru entre investidores internacionais, complicando futuros investimentos em infraestrutura no país.

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