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A BYD queria um ‘tax break’ pra chamar de seu. A indústria automotiva reagiu

Governo se opõe à redução de tarifas solicitada pela BYD após pressão das montadoras locais. A Camex concedeu apenas uma cota de importação com alíquota zero, mas antecipou a cobrança de imposto mais alto para os elétricos.

Governo ouve indústria automobilística sobre a BYD

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) rejeitou o pedido da montadora chinesa BYD para reduzir tarifas sobre carros desmontados. A BYD solicitou redução de impostos de importação de 18% para 5% e de 20% para 10%, mas a Camex ofereceu apenas uma cota de US$ 463 milhões com alíquota zero.

A cobrança de tarifa cheia de 35% para os elétricos importados desmontados foi antecipada para janeiro de 2027. Para os elétricos prontos, a alíquota de 35% valerá a partir de julho de 2026, equiparando-se aos veículos a combustão, que atualmente pagam 26%.

CEOs de montadoras como Stellantis, Volkswagen, General Motors e Toyota enviaram uma carta ao Presidente Lula alertando sobre os riscos da importação de veículos desmontados, como desemprego e desequilíbrio comercial.

Governadores de estados com montadoras também expressaram preocupações, afirmando que isso pode comprometer a indústria local e fragilizar fornecedores nacionais.

A BYD contestou as queixas, argumentando que sua proposta criaria empregos locais enquanto a linha de montagem não está pronta e que sua vinda representa uma oportunidade de melhores preços para os consumidores.

A China, que produz mais de 30 milhões de carros por ano, aumenta suas exportações de elétricos, e o Brasil é considerado parte importante dessa estratégia, com a BYD rapidamente ganhando espaço no mercado local.

A empresa seguirá montando veículos na antiga fábrica da Ford em Camaçari, mas com a maior parte das peças vindo da China.

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