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A caça aos peixes modificados para 'brilhar no escuro', que levou a multas acima de R$ 100 mil

Jovem aquarista enfrenta multa de R$ 60 mil após fiscalização do Ibama revela venda de peixe geneticamente modificado. Operação em sete estados resulta em autuações e apreensões em massa de peixes ornamentais ilegais.

Fiscalização do Ibama em BH: Yan Correa, 23 anos, recebeu uma visita inesperada de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em sua nova loja de aquarismo, após inauguração em 2024.

Ele estava em busca de retomar sua graduação em Biologia e recebeu a fiscalização em um dia de pouco movimento.

Os fiscais encontraram peixes paulistinha geneticamente modificados em sua loja, resultando em uma multa de R$ 60 mil e embargo das atividades do estabelecimento. Yan alegou desconhecimento sobre a ilegalidade dos peixes que oferecia por R$ 2 cada.

Operação em sete estados: A fiscalização foi parte de uma operação maior que autuou mais de 58 mil peixes geneticamente modificados e totalizou R$ 2,38 milhões em multas no Brasil.

No comércio brasileiro, a criação e venda desses peixes é considerada crime, com penalidades que incluem multas e prisão, conforme a lei de 2005.

Perigo ambiental: O uso de genes de anêmonas e águas-vivas faz com que esses peixes emitam fluorescência, atraindo um público jovem ao aquarismo.

O Ibama investiga o tráfico de matrizes desses peixes no país e acredita que a modificação genética foi feita no exterior.

Pesquisadores apontam que a introdução de espécies não nativas pode levar à invasão biológica, afetando ecossistemas locais.

Falta de informação: Aquaristas, como Antonio Candido, criticam a falta de conscientização sobre o tema e alertam que o desconhecimento pode ser perigoso.

Yan e outros fiscalizados podem apresentar recursos contra a autuação, mas medidas de conscientização sobre espécies modificadas ainda são necessárias para evitar futuros problemas ambientais.

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