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A Casa Branca de Trump citou minha pesquisa para justificar tarifas, mas errou feio

Economistas criticam metodologia de tarifas da Casa Branca, apontando que as taxas deveriam ser significativamente menores. A análise sugere que as tarifas atuais não apenas falham em abordar desequilíbrios comerciais, mas também levantam preocupações sobre suas repercussões econômicas globais.

Erro na Metodologia das Tarifas da Casa Branca

A Casa Branca anunciou tarifas comerciais que geraram dúvidas sobre sua metodologia. Questionamentos surgiram, especialmente quanto à alta dos números apresentados.

O USTR citou um artigo acadêmico que, segundo eles, apoiou seus cálculos. Contudo, o **co-autor** do artigo discorda e afirma que as tarifas deveriam ser muito menores.

Um dos principais erros do USTR é que a metodologia visa eliminar déficits comerciais, ignorando que esses desequilíbrios podem ocorrer por diversas razões, como vantagens comparativas e desenvolvimento econômico.

Embora haja argumentos para reduzir o déficit geral, eles não se aplicam a cada país individualmente. O prêmio Nobel Robert Solow usou a metáfora da dívida com o barbeiro para ilustrar essa ideia.

O autor questiona se as tarifas recíprocas poderiam ter sucesso, afirmando que a fórmula não leva em conta a interconexão global das importações e exportações. Alta de tarifas em um país pode impactar outros de maneira inesperada.

A fórmula utilizada pelo governo inclui quatro números, e o cálculo do repasse das tarifas é crítico. O USTR usou um valor de 25%, enquanto pesquisa anterior sugere que o repasse poderia ser de até 95%.

Se a metodologia do USTR houvesse usado um valor mais próximo do 95%, as tarifas seriam quatro vezes menores. A ausência de detalhes na nota metodológica levanta preocupações sobre as implicações globais das tarifas.

Essas tarifas elevam as taxas a níveis máximos em mais de cem anos, afetando tanto grandes economias quanto países em desenvolvimento.

O autor defende que, se não houver mudanças na política comercial, os resultados das tarifas deveriam ser reduzidos em um quarto.

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